O Pix se consolidou como a principal forma de pagamento utilizada por microempreendedores individuais (MEIs) no Brasil.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 48% dos MEIs afirmaram que o Pix é responsável por 51% ou mais do total de suas transações comerciais.
Lançado em 2020, o sistema de pagamentos instantâneos alcançou um patamar de aceitação elevado em menos de quatro anos, sendo hoje utilizado por 97% dos microempreendedores individuais no país.
A pesquisa indica que, além de revolucionar a forma como os pequenos negócios realizam transações comerciais, o Pix também tem impulsionado a “bancarização” dos MEIs, isto é, a integração desses empreendedores ao sistema bancário formal.
Adesão quase total ao Pix
O levantamento aponta que o Pix é amplamente aceito entre os microempreendedores individuais, com 97% deles adotando o sistema como uma das principais opções de pagamento. No entanto, um pequeno grupo de MEIs ainda resiste à adesão ao Pix. Entre as razões apresentadas estão o receio de cobranças de impostos e taxas, medo de golpes, ausência de conta bancária e a não utilização de aplicativos bancários.
Esses fatores limitantes, apesar de ainda presentes, não têm sido suficientes para impedir o avanço do Pix entre os microempreendedores. Desde o seu lançamento, a ferramenta tem se destacado pela praticidade e rapidez nas transações, facilitando a movimentação financeira dos pequenos negócios.
A importância da bancarização
Para Valdir Oliveira, o uso crescente do Pix pelos MEIs tem um impacto positivo no processo de bancarização desse grupo de empreendedores.
Ele argumenta que a utilização de contas bancárias por pessoas jurídicas é um passo fundamental para o desenvolvimento e fortalecimento dos microempreendedores no país.
Segundo Oliveira, o Pix facilita a aproximação dos MEIs com o sistema financeiro, o que, por sua vez, aumenta as chances de acesso a crédito.
“A facilidade de transação aproxima esse segmento das movimentações bancárias e das instituições financeiras, o que facilita o acesso a crédito, pois a falta de informações precisas sobre a realidade financeira dos microempreendedores individuais é a maior barreira para que os bancos avaliem melhor o limite de crédito e o risco desses clientes”, explica o gerente do Sebrae.
A pesquisa sugere que a bancarização dos MEIs é uma tendência em crescimento, favorecida pelo uso do Pix. O uso de contas de pessoas jurídicas por mais da metade dos microempreendedores já é um indicativo de que o sistema de pagamentos instantâneos tem contribuído para integrar esses negócios ao sistema bancário, abrindo portas para novas possibilidades de crescimento.
Principais resultados da pesquisa
Entre os principais dados destacados pela pesquisa do Sebrae estão os seguintes:
- 97% dos microempreendedores individuais aceitam o Pix como forma de pagamento.
- Para 48% dos MEIs, o Pix já é responsável por 51% ou mais do faturamento.
- 54% dos MEIs que utilizam o Pix recebem os pagamentos diretamente na conta bancária da empresa.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!