Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, está sendo investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Trabalho após seis mulheres o denunciarem por assédio e importunação sexual.
As acusações vieram à tona no último mês, conforme relatado por Guilherme Amado em sua coluna no Metrópoles. Almeida nega todas as acusações e afirma que comprovará sua inocência.
Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, foi uma das primeiras a denunciar Almeida. Em depoimento à Polícia Federal no dia 3 de outubro, ela descreveu episódios de comportamento inapropriado por parte de Almeida, que teriam iniciado durante o período de transição do governo, em 2022.
“Fui vítima de importunação sexual… Estamos falando de um conjunto de atos inadequados e violentos, sem consentimento e reciprocidade”, afirmou Franco em entrevista a Matheus Leitão.
Ela relatou que as abordagens começaram com falas e cantadas e evoluíram para um desrespeito físico, incluindo um incidente em uma reunião do governo federal em maio de 2023, onde foi tocada de forma inapropriada.
Isabel Rodrigues, advogada e professora, também veio a público após Almeida desqualificar as denúncias e chamar as vítimas de “mentirosas”. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, Rodrigues acusou Almeida de assediá-la em 2019, durante um almoço em São Paulo.
“Ele levantou a saia e colocou a mão nas minhas partes íntimas, com vontade. Eu fiquei estarrecida, com vergonha das pessoas, porque é assim que as vítimas se sentem”, disse Rodrigues. Ela declarou à coluna que sentiu a necessidade de falar porque não podia se calar diante das declarações de Almeida.
Outras quatro mulheres apresentaram relatos semelhantes, reforçando as acusações de comportamento sexual inapropriado por parte de Almeida.
As investigações estão em andamento, e as autoridades estão tomando as medidas legais necessárias para apurar todas as denúncias. A situação levantou preocupações sobre a conduta e as responsabilidades dos ocupantes de cargos públicos em respeitar a dignidade e os direitos de todos os cidadãos.
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