O Centro Nacional de Resposta a Emergências de Vírus de Computador da China lançou um novo relatório na segunda-feira acusando agências do governo dos EUA de operações de espionagem cibernética e de manipular evidências para incriminar outros países.
O documento, que é a terceira análise do chamado Volt Typhoon, foi divulgado em vários idiomas, incluindo chinês, inglês, francês, alemão e japonês, indicando a gravidade das alegações.
De acordo com o relatório, as agências dos EUA, incluindo a National Security Agency (NSA) e a Central Intelligence Agency (CIA), desenvolveram armas cibernéticas sofisticadas e utilizaram técnicas que permitem alterar as pegadas digitais de suas operações para transferir a culpa de suas atividades para outros países.
A ferramenta destacada, conhecida pelo codinome “Marble“, é capaz de modificar códigos de programas para obliterar as origens e inserir idiomas de outros países nos dados comprometidos, potencialmente difamando nações como China, Rússia, Coreia do Norte, Irã e países árabes.
O relatório também responde a alegações feitas por autoridades de segurança cibernética dos países do Five Eyes em 24 de maio de 2023, que acusaram a China de comprometer redes em setores de infraestrutura crítica dos EUA através do Volt Typhoon.
Em contrapartida, o relatório chinês argumenta que esta narrativa foi “inventada” pelos EUA para sustentar sua vigilância sem mandado e obter vantagens políticas e econômicas.
Mais alarmante é a descrição de operações de “bandeira falsa” pelos EUA, que, segundo o relatório, envolvem simular atividades de espionagem atribuídas falsamente a outros países. Esta prática foi supostamente confirmada por documentos secretos e agora é apresentada como uma estratégia para desacreditar nações adversárias.
A pesquisa também aborda as capacidades dos EUA em monitorar comunicações globais através de “pontos de estrangulamento” vitais na internet, como cabos submarinos.
Segundo o documento, a NSA e outras agências dos EUA têm acesso indiscriminado a dados transmitidos por essas vias, expandindo suas operações de vigilância para além das zonas cobertas por seus sistemas, especialmente visando regiões na Ásia, Europa Oriental, África, Oriente Médio e América do Sul.
O relatório ainda toca em atividades de vigilância dos EUA contra aliados, citando operações de longo prazo contra países como França, Alemanha e Japão, fornecendo detalhes sobre a extensa rede de espionagem que beneficia não apenas os EUA, mas também os outros membros da aliança Five Eyes.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, criticou as ações dos EUA como “irresponsáveis” e pediu um cessar imediato dos ataques cibernéticos globais por parte dos EUA, além de acusar o governo americano de usar questões de segurança cibernética para caluniar a China.
Com informações da Global Times
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