Na corrida pela Prefeitura de São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição, aparece à frente com 45% das intenções de voto, segundo dados da pesquisa Quaest divulgada na última quarta-feira, 16.
Guilherme Boulos (PSOL) segue com 33% das preferências.
Este levantamento é o primeiro desde o início do segundo turno e foi realizado entre 13 e 15 de outubro, logo após um apagão causado por um temporal, que afetou a cidade e sua região metropolitana.
Os resultados mostram que o incidente não alterou significativamente o panorama eleitoral, apesar dos danos causados pelo apagão, como quedas de árvores e interrupções no fornecimento de energia.
De acordo com a pesquisa, 19% dos eleitores planejam anular o voto ou votar em branco, enquanto 3% ainda estão indecisos.
No debate televisivo promovido pela TV Band, o primeiro deste segundo turno, o apagão foi um dos principais temas.
Boulos criticou a administração de Nunes pela falta de manutenção e preparo da cidade, além de acusar o prefeito de não exigir responsabilidade da concessionária Enel pela demora no restabelecimento da energia. “A falta de ação da Prefeitura e a ineficiência da Enel estão prejudicando a população”, afirmou Boulos.
Em resposta, Nunes descreveu as críticas como oportunistas e passou a responsabilidade pelos problemas para a Enel e o governo federal, argumentando que o contrato com a concessionária é de responsabilidade do governo de Lula. “A Enel é uma concessão federal, e cabe ao governo federal decidir se o contrato deve ser mantido”, declarou Nunes.
A pesquisa revela também tendências de apoio entre eleitores de candidatos não presentes no segundo turno. Por exemplo, 74% dos eleitores de Pablo Marçal (PRTB) indicaram preferência por Nunes, enquanto 54% dos apoiadores de Tabata Amaral (PSB) escolheram Boulos, segundo uma reportagem do Valor.
Apesar da liderança de Nunes, a pesquisa espontânea — onde os nomes dos candidatos não são apresentados — mostra Nunes com 38% das intenções de voto, e Boulos com 28%, evidenciando que ainda há margem para mudanças até o dia da votação, agendada para 27 de outubro. Segundo a Quaest, 80% dos eleitores estão decididos sobre seu voto, enquanto 20% ainda podem mudar de opinião.
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