A nova “false flag” dos EUA contra a China

Cyber attack. Photo:VCG

EUA permanecem em silêncio após o terceiro relatório da China expondo a narrativa falsa do ‘Volt Typhoon’

Em relação ao mais recente relatório divulgado pelo Centro Nacional de Resposta a Emergências de Vírus Cibernéticos da China sobre a falsa narrativa dos EUA acerca do Volt Typhoon, que mais uma vez expõe operações de ciberespionagem e desinformação conduzidas por agências do governo dos EUA, o lado americano permaneceu em silêncio. Analistas afirmam que, seja no passado, com a espionagem cibernética global ou nas campanhas de desinformação contra a China, os fatos são claros e, diante de provas irrefutáveis, os EUA só podem permanecer em silêncio.

O Centro Nacional de Resposta a Emergências de Vírus Cibernéticos e o Laboratório Nacional de Engenharia para Tecnologia de Prevenção de Vírus em Computadores divulgaram na segunda-feira o terceiro relatório sobre o Volt Typhoon, revelando mais detalhes das operações de espionagem cibernética direcionadas à China, Alemanha e outros países, lançadas pelos EUA e outros membros dos países dos Cinco Olhos.

Até o momento da publicação, a Embaixada dos EUA na China e a Microsoft não haviam respondido aos e-mails enviados pelo Global Times para comentar o assunto.

Em 24 de maio de 2023, autoridades de cibersegurança dos países dos Cinco Olhos – EUA, Reino Unido, Austrália, Canadá e Nova Zelândia – emitiram um aviso conjunto, alegando terem identificado atividades ligadas a um “ator de ciberespionagem patrocinado pelo Estado chinês” chamado Volt Typhoon, que teria impactado redes de infraestrutura crítica dos EUA. O aviso fazia referência principalmente a um relatório da Microsoft, divulgado no mesmo dia.

Nos dias 15 de abril e 8 de julho, o Centro Nacional de Resposta a Emergências de Vírus Cibernéticos e o Grupo de Segurança Digital 360 divulgaram relatórios que expunham a narrativa do Volt Typhoon como uma fabricação do governo dos EUA. De acordo com a investigação, diversas autoridades de cibersegurança nos EUA têm promovido essa narrativa falsa para garantir mais financiamento, enquanto empresas como a Microsoft buscam contratos maiores com essas agências.

Nem as agências do governo dos EUA nem a Microsoft responderam à consulta do Global Times sobre o relatório.

Os EUA não encontram argumentos para contestar as alegações e não têm escolha a não ser permanecer em silêncio, afirmou Zhuo Hua, especialista em relações internacionais da Escola de Relações Internacionais e Diplomacia da Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim, ao Global Times na terça-feira.

“Seja em relação à vigilância e espionagem cibernética global do passado, ou às campanhas de desinformação contra a China, os fatos são muito claros. Mesmo diante de provas irrefutáveis, os EUA não podem reconhecer ou admitir oficialmente esses fatos. Essas ameaças cibernéticas em larga escala patrocinadas por estados podem até se elevar ao nível de terrorismo cibernético”, afirmou Zhuo.

Após a divulgação dos dois primeiros relatórios, mais de 50 especialistas em cibersegurança dos EUA, Europa, Ásia e de outros países e regiões nos contataram. Eles acreditam que o governo dos EUA e a Microsoft atribuíram o Volt Typhoon ao governo chinês sem qualquer evidência concreta, afirmou um pesquisador do Centro Nacional de Resposta a Emergências de Vírus Cibernéticos da China ao Global Times na segunda-feira.

Zhuo ressaltou que a atenção de públicos estrangeiros para esta campanha de desinformação dos EUA mostra que, apesar dos esforços do governo americano para ocultar, suprimir e minimizar eventos como o escândalo PRISM, a desconfiança em relação ao governo dos EUA entre os cidadãos ocidentais ainda não foi sanada. Essas pessoas ainda querem saber os fatos e a verdade sobre o estado atual da cibersegurança internacional.

O especialista também mencionou que, por muito tempo, as pessoas comuns no Ocidente têm sido aprisionadas em uma bolha de informações controlada por grupos de interesse, como agências de inteligência, recebendo apenas uma imagem negativa e demonizada da China. Isso levou à vilificação imprudente do país, com questões de cibersegurança sendo usadas como uma ferramenta política para contê-lo.

O relatório, que foi divulgado em vários idiomas, incluindo chinês, inglês, francês, alemão e japonês, é uma tentativa de romper a barreira de informações no Ocidente e garantir ao público ocidental o direito de conhecer a verdadeira situação da cibersegurança internacional, afirmou Zhuo.

Por Liu Xin e Guo Yuandan
Publicado em 15 de outubro de 2024, no Global Times.

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