Cientistas de universidades da Califórnia, Flórida, Leeds e Rutgers destacam a importância do ferro, trazido pela poeira do deserto do Saara, para a saúde do fitoplâncton no Oceano Atlântico.
Esse micronutriente, essencial para a fotossíntese e a respiração celular dessas algas, sustenta uma vasta cadeia alimentar marinha.
O trajeto vital da poeira do Saara
A origem dessa jornada é nas regiões áridas do norte da África, desde a Mauritânia até o Chade, onde ventos fortes elevam a poeira carregada de ferro, transportando-a através de milhares de quilômetros até o Oceano Atlântico.
Essa viagem não apenas transporta o mineral, mas também o transforma, aumentando sua biodisponibilidade para o ecossistema marinho.
Transformação química do ferro durante a viagem
Exposto à luz solar e ao ar durante o transporte, o ferro sofre alterações químicas que facilitam sua absorção pelos organismos marinhos.
Estudos mostram que o ferro biorreativo é mais abundante em amostras de sedimentos próximos à África e diminui conforme se aproxima das Américas, indicando sua absorção ao longo do trajeto.
Impacto ecológico e distribuição do ferro
Apesar de grande parte do ferro ser absorvida no início da jornada, uma fração ainda alcança destinos mais distantes, como as Bahamas e a bacia amazônica.
A exposição prolongada ao ar e à luz solar torna o ferro restante mais solúvel, permitindo que continue a fertilizar o oceano, beneficiando diversos ecossistemas.
Conexão entre continentes e oceanos
Essa dinâmica entre a terra, o ar e o mar destaca como a poeira do deserto do Saara desempenha um papel crucial na fertilização dos oceanos e na sustentação da vida marinha.
A interação entre esses elementos revela a complexidade e a interdependência dos sistemas naturais que sustentam a vida na Terra.
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