Campanha de Rogério Correia elegeu dez vereadores, com foco em formar uma resistência significativa na Câmara Municipal de Belo Horizonte.
Crescimento da bancada de esquerda
A campanha de Rogério Correia à prefeitura de Belo Horizonte resultou em um fortalecimento significativo da esquerda na Câmara Municipal. Mesmo com a derrota na disputa majoritária, a campanha conseguiu consolidar uma base expressiva de apoio com a eleição de dez vereadores, dobrando a representatividade da chapa na casa legislativa. Um dos membros da campanha, que fez um balanço desse processo, considera o resultado positivo, especialmente diante do cenário desfavorável para a esquerda.
Foco estratégico na Câmara Municipal
Segundo o membro, a intenção desde o início não era focar unicamente na eleição para prefeito, mas sim formar uma base sólida para enfrentar o cenário político da cidade. “Nosso foco era consolidar uma resistência forte na Câmara Municipal. Todas as pesquisas já mostravam que seria difícil para uma candidatura de esquerda vencer para prefeito, então concentramos nossos esforços na formação de uma bancada capaz de resistir”, afirmou.
Comparação com outros partidos e resultados obtidos
O resultado dessa estratégia foi o crescimento significativo da bancada de vereadores de esquerda. “Passamos de dois para seis vereadores eleitos pela Federação, e nossa chapa como um todo elegeu dez. Com isso, ocupamos 25% das cadeiras da Câmara. Antes, tínhamos apenas quatro”, destacou. Ele também mencionou que esse crescimento é uma vitória importante, considerando o atual cenário de predomínio da direita no país.
O representante da campanha comparou o desempenho da chapa com outros partidos, ressaltando que o PL, por exemplo, elegeu a mesma quantidade de vereadores. “Ninguém fala sobre isso, mas nossa chapa foi a que mais teve votos para vereador, fruto da união de seis partidos e 200 movimentos sociais”, disse.
Desafios enfrentados pela candidatura majoritária
Apesar de o resultado para a prefeitura não ter sido o esperado, ele atribuiu isso ao voto útil e às divisões internas da esquerda. “A nossa chapa não conseguiu transferir a mesma quantidade de votos que teve para a eleição de prefeito. Isso aconteceu, em parte, por conta do voto útil, que favoreceu outros candidatos, e também por algumas divergências internas entre as candidaturas de esquerda”, explicou.
Vitória na formação de uma resistência política
Mesmo com essas dificuldades, o membro da campanha ressaltou a importância do crescimento da bancada como um indicativo de sucesso. “Conseguimos mais do que dobrar a nossa representação na Câmara, e isso é uma vitória significativa, considerando o contexto desfavorável para a esquerda no país. Nossa chapa se manteve unida, mesmo sendo composta por duas federações diferentes, e conseguimos construir um projeto coletivo sólido”, concluiu.
Agora, o desafio será manter essa base de resistência organizada e preparada para enfrentar as articulações do governo municipal, seja com Fuad Noman ou outro nome que venha a assumir a prefeitura de Belo Horizonte.
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