Militares do RJ se mobilizam contra candidato bolsonarista e Niterói

Bruno Lessa, Carlos Jordy (centro) e Filipe Pereira, presidente estadual do Podemos — Foto: Divulgação

Mobilização de militares contra Carlos Jordi cresce nas redes sociais por causa da aprovação da Lei nº 13.954/19, considerada injusta pelos praças.

A candidatura de Carlos Jordi (PL) à prefeitura de Niterói está enfrentando oposição por parte dos militares. O motivo é o apoio de Jordi à Lei nº 13.954/19, que alterou o sistema de proteção social das Forças Armadas, provocando insatisfação entre os praças e pensionistas. Esse movimento contra o candidato está sendo organizado por meio de redes sociais e grupos de WhatsApp.

O que mudou com a Lei nº 13.954/19?

Aprovada em 2019, a Lei nº 13.954 trouxe mudanças importantes. Ela alterou o sistema previdenciário dos militares, ampliando o tempo de serviço e aumentando as alíquotas de contribuição. Esses ajustes, embora anunciados como modernização, foram vistos de forma negativa por muitos praças. Eles sentem que os maiores benefícios ficaram concentrados nos generais e oficiais superiores.

Mobilização dos praças nas redes sociais

Nas redes sociais, grupos de WhatsApp e no X (antigo Twitter), muitos militares estão compartilhando mensagens contra Carlos Jordi. Um dos posts, amplamente compartilhado, adverte: “Não votar em Carlos Jordi. Ele votou pela aprovação da Lei 13.954/19, que só beneficiou os generais.” Esse tipo de crítica tem gerado um grande engajamento entre os praças e pensionistas, que se consideram prejudicados pela nova legislação.

Embora ainda não haja dados concretos sobre o impacto direto nas intenções de voto, essa mobilização está criando um desgaste na campanha de Jordi. A insatisfação com a lei tem se espalhado principalmente entre os militares de patentes mais baixas. Esses grupos se mostram cada vez mais críticos ao candidato, que apoiou a reforma do sistema de proteção social das Forças Armadas.

Impacto da Lei nº 13.954/19 nas patentes mais baixas

A lei gerou aumentos nas alíquotas de contribuição e impôs maiores exigências para a aposentadoria dos militares. Para os generais, os benefícios adicionais trouxeram melhorias significativas. No entanto, os praças se sentiram traídos, alegando que a reforma sacrificou sua segurança financeira. Um militar reformado declarou: “Essa lei nos empurrou para uma situação difícil, enquanto os oficiais superiores ganharam mais privilégios.”

As críticas dos praças nas redes sociais e em grupos de WhatsApp têm ganhado força. Mensagens apontando o impacto negativo da lei e pedindo que não votem em Carlos Jordi estão sendo amplamente compartilhadas. Embora ainda não seja possível prever o impacto eleitoral dessas ações, a insatisfação entre os militares de patentes mais baixas é clara e está influenciando o debate eleitoral em Niterói.

Cleber Lourenço: Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_
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