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BNDES libera crédito bilionário para projetos de biocombustíveis em 2024

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou aprovações de crédito no valor de R$ 3,9 bilhões para projetos de biocombustíveis entre janeiro e outubro de 2024. Este valor só é superado pelos R$ 4,5 bilhões aprovados em 2010, durante o segundo mandato do presidente Lula. A ampliação dos investimentos em 2024 reflete […]

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AGÊNCIA BRASIL

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou aprovações de crédito no valor de R$ 3,9 bilhões para projetos de biocombustíveis entre janeiro e outubro de 2024. Este valor só é superado pelos R$ 4,5 bilhões aprovados em 2010, durante o segundo mandato do presidente Lula.

A ampliação dos investimentos em 2024 reflete o aumento dos recursos do Fundo Clima, destinado a financiar iniciativas que visam mitigar os impactos das mudanças climáticas.

José Luis Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, comentou sobre a relevância desse movimento para o banco. “Isso mostra a volta do BNDES ao apoio de uma agenda verde e importante, que é a dos biocombustíveis,” afirmou.

Em abril, o BNDES e a União firmaram um contrato que adicionou R$ 10,4 bilhões ao Fundo Clima, o maior aporte desde sua criação em 2009.

Esses recursos têm sido utilizados em parte para sustentar projetos no setor de biocombustíveis, considerado estratégico para a descarbonização da economia nacional.

Um dos projetos financiados é a usina de etanol de milho da cooperativa Coamo em Campo Mourão, Paraná, com um investimento de R$ 500 milhões para a construção da planta.

A usina terá capacidade para processar 1.700 toneladas de milho por dia e produzir 765 mil litros de etanol.

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, destacou os benefícios ambientais da iniciativa. “Além de agregar valor ao milho, a produção de etanol ajuda a reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa,” disse.

A política de financiamento do BNDES tem sido uma peça central no plano do governo Lula para fortalecer a economia verde no Brasil.

No entanto, essa estratégia tem enfrentado críticas de economistas que estão preocupados com o retorno de políticas econômicas associadas a gestões anteriores do PT. A gestão atual do BNDES, contudo, defende que o foco é promover a transição energética e a inovação, além de apoiar o desenvolvimento de pequenas e médias empresas.

Complementando essas iniciativas, o governo incluiu na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) um mecanismo que permite destinar até 25% do superávit financeiro de fundos públicos para projetos relacionados ao clima.

Este ajuste na PEC visa assegurar mais recursos para o Fundo Clima e para o financiamento de projetos que abordem a mitigação, adaptação e transformação ecológica face às mudanças climáticas.

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