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Robô humanoide de Musk era fake

Descubra como o robô humanoide de Elon Musk, que prometia revolucionar o futuro, acabou sendo controlado por humanos e gerando polêmica entre os fãs Na noite de quinta-feira (10), o evento “We, Robot”, realizado nos estúdios da Warner Bros. em Hollywood, parecia ser dedicado ao robotáxi da Tesla, mas quem realmente roubou a cena foi […]

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Optimus da Tesla em exposição no Centro de Convenções e Exposições Shanghai World Expo em julho / John Ricky — Anadolu via Getty Images

Descubra como o robô humanoide de Elon Musk, que prometia revolucionar o futuro, acabou sendo controlado por humanos e gerando polêmica entre os fãs


Na noite de quinta-feira (10), o evento “We, Robot”, realizado nos estúdios da Warner Bros. em Hollywood, parecia ser dedicado ao robotáxi da Tesla, mas quem realmente roubou a cena foi o Optimus, o robô humanoide de Elon Musk. Os convidados ficaram deslumbrados ao ver o robô navegar pela multidão, completamente sem cabos e aparentemente autônomo. Dois anos atrás, esse mesmo robô sequer conseguia subir ao palco sozinho, mas agora ele estava interagindo com as pessoas, jogando pedra-papel-tesoura e até servindo bebidas.

Musk, no palco, declarou com confiança: “Este será o maior produto de todos os tempos—de qualquer tipo.” Ele enfatizou que queria que os participantes vissem o robô em ação, sem depender de vídeos pré-gravados nas instalações da Tesla. “Os robôs Optimus vão andar entre vocês, por favor, sejam gentis”, brincou ele.

A primeira controvérsia do Optimus

Enquanto os fãs ficaram impressionados com outros lançamentos, como o Cybercab e o Robovan, o verdadeiro destaque da noite foi a interação com o Optimus. Interagir com um robô humanoide parecia algo saído diretamente de um filme de ficção científica, o que gerou empolgação entre os presentes. “Incrível, estou falando com um robô”, comentou John Stringer, fundador do Tesla Owners Silicon Valley.

Porém, a grande reviravolta veio à tona quando foi revelado que os robôs, na verdade, não estavam operando com inteligência artificial real. Ao contrário do que muitos pensavam, eles eram controlados remotamente por humanos usando trajes especiais que traduziam seus movimentos para o robô. Em um vídeo gravado por um convidado, um operador do Optimus admitiu: “Hoje estou sendo assistido por um humano, ainda não sou totalmente autônomo.”

Essa revelação trouxe à mente uma outra controvérsia recente envolvendo o Optimus. Em janeiro, Musk compartilhou um vídeo do robô dobrando uma camisa, mas observadores atentos notaram a mão de seu operador, que apareceu acidentalmente na gravação.

“Chame isso do que realmente é: um truque”

A Tesla está treinando seus robôs com a ajuda de trajes de feedback especializados, e Musk não deu nenhuma indicação de que os robôs no evento estavam sendo operados por outra força que não fosse a IA com a qual supostamente foram treinados. No entanto, ele não mencionou que os robôs na multidão eram, na verdade, marionetes metálicas controladas remotamente.

Josh Wolfe, cofundador da Lux Capital, criticou a falta de transparência: “Totalmente válido celebrar o controle remoto de baixa latência, mas totalmente desonesto demonstrar esses robôs como autônomos—chame isso do que realmente é: um truque.” Nem Tesla nem Musk responderam ao pedido de explicações feito pela Fortune.

O Optimus é mais que um protótipo

Apesar das críticas, Musk acredita que o Optimus será o produto mais importante da história da Tesla. Em junho, ele previu que o robô humanoide poderá ser vendido por até 20 mil dólares, custará metade disso para ser produzido, e que a empresa poderá vender 100 milhões de unidades por ano. Segundo Musk, o Optimus poderia gerar um trilhão de dólares em receita anual, e com múltiplos conservadores, esse negócio poderia valer 25 trilhões de dólares.

O influenciador Omar Qazi, conhecido por ser um grande defensor da Tesla, reconheceu que os robôs eram controlados por humanos, mas defendeu o avanço técnico: “Se você não está impressionado com o Optimus teleoperado, tente fazer seu próprio robô e colocá-lo para andar em um evento lotado sem machucar ninguém.”

Por outro lado, criadores de conteúdo como Jeremy Judkins expressaram frustração pela falta de honestidade. “Eu só queria que a Tesla fosse mais aberta e honesta neste evento, porque eles não deram nenhuma pista de que os robôs estavam sendo controlados por humanos,” lamentou Judkins.

Com a revelação de que os robôs eram controlados remotamente, o evento que prometia uma demonstração revolucionária de inteligência artificial autônoma acabou levantando dúvidas sobre as verdadeiras capacidades do Optimus. O futuro do robô humanoide da Tesla ainda está em desenvolvimento, mas a questão que permanece é: quando o Optimus realmente será autônomo, como prometido por Musk?

Com informações de Agências de Notícias*

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Rhyan de Meira

Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira

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Sergio Rubens Ribeiro

16/10/2024 - 16h14

Musk não passa de um fanfarrão, um humanóide ambicioso e perigoso, precisa crescer, ciências é coisa séria e comprovativo sempre.


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