Israel recebeu mais ajuda militar dos EUA do que qualquer outro país desde a Segunda Guerra Mundial. Aqui está a assistência que recebeu desde que a guerra em Gaza começou
Nos últimos 12 meses, os Estados Unidos reforçaram seu apoio a Israel com bilhões de dólares em assistência de segurança e armamento, desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. Esse apoio foi intensificado com a mobilização de tropas americanas e sistemas de defesa avançados, como o THAAD, para proteger Israel de possíveis ataques.
O conflito em Gaza evoluiu para uma invasão do sul do Líbano, ampliando os temores de uma guerra de maiores proporções. Recentemente, com o aumento da tensão após um ataque de mísseis iranianos a Israel, os Estados Unidos se comprometeram a enviar o sistema THAAD (Terminal High Altitude Area Defense), um dos mais avançados sistemas de defesa antimísseis do mundo. Este sistema será operado diretamente por tropas americanas enviadas ao território israelense, reforçando a defesa do país.
Além disso, os militares dos EUA já haviam ajudado a defender Israel de dois ataques em larga escala com mísseis iranianos, um em abril e outro em outubro deste ano. Na operação de abril, mais de 100 mísseis balísticos e 150 drones foram disparados contra Israel, e os EUA intervieram abatendo cerca de 70 drones e alguns mísseis com ajuda de destróieres no Mediterrâneo.
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, Israel tem sido o maior beneficiário da assistência militar dos EUA. O montante já ultrapassa os US$ 200 bilhões, com aumentos significativos desde o ataque de outubro. Só em 2023, Israel recebeu US$ 6,5 bilhões em assistência, e novas vendas de armas e equipamentos foram aprovadas.
Em abril, o Congresso americano deu sinal verde para um pacote de segurança de US$ 14,1 bilhões, incluindo armas e munições. Estima-se que o valor total gasto pelos EUA durante este período de conflito já ultrapasse os US$ 17,9 bilhões, conforme pesquisa da Brown University.
O que Israel recebeu em termos de armamento?
Israel tem utilizado uma vasta gama de armamentos americanos, como munições de 2.000 libras, especialmente nas operações contra o Hezbollah no Líbano. O governo Biden também aprovou vendas de munições para tanques e artilharia, com um valor total de US$ 106,5 milhões, além de projéteis de 155 mm e outros equipamentos de artilharia.
Esses armamentos, somados às vendas de aviões e tanques, demonstram que o apoio americano a Israel vai além do financiamento e inclui vendas regulares de armamentos letais. Novas vendas de veículos táticos e aviões de caça F-15 foram aprovadas, com entregas previstas até 2029.
Preocupações e críticas internacionais
Esse aumento no apoio militar americano a Israel não passou despercebido. Organizações de direitos humanos e aliados ocidentais, como Reino Unido, Canadá e Bélgica, expressaram preocupações sobre o uso das armas americanas em áreas civis, especialmente em Gaza. O governo Biden, por sua vez, tem enfrentado críticas por continuar a fornecer armamento, mesmo diante de denúncias de violação de direitos humanos.
Em maio, a Casa Branca interrompeu temporariamente o envio de bombas de 2.000 libras devido ao receio de escalada em Gaza. Porém, os envios foram retomados pouco depois, com munições menores, como as de 500 libras.
O relacionamento militar entre os EUA e Israel é robusto e de longa data. Os Estados Unidos não apenas fornecem armamentos, mas garantem que Israel mantenha sua superioridade militar na região. No entanto, esse apoio está sendo cada vez mais escrutinado, à medida que o número de mortos em Gaza cresce e o risco de um conflito regional mais amplo aumenta. O desafio para Washington é equilibrar seu compromisso com a segurança de Israel com as pressões políticas e legais internas e internacionais.
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