Em um cenário político tenso em Fortaleza, Ciro Gomes rompeu seu silêncio sobre o segundo turno das eleições municipais.
Enquanto o Partido Democrático Trabalhista (PDT) se encontrava dividido entre apoiar André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT), Ciro fez declarações fortes contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e discutiu as complexidades das alianças políticas no estado.
A Juventude Socialista do PDT expressou seu descontentamento em uma nota emitida no domingo, 12, criticando membros do partido por endossar o candidato alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
A nota evocava o legado de Leonel Brizola, com uma mensagem enfática: “Trabalhista não vota em bolsonarista”, referindo-se à inelegibilidade de Bolsonaro decorrente de ações movidas pelo partido.
Ciro Gomes, por sua vez, utilizou as redes sociais para responder à polêmica, destacando a gravidade da situação política no Ceará. O ex-governador mencionou que o PDT tem uma vice-prefeita em Salvador em uma coligação com o União Brasil, partido que apoiou Bolsonaro nas últimas eleições presidenciais.
Além disso, Ciro criticou o PT por sua postura em Aracaju, onde alegou que o partido estava se posicionando contra o prefeito Luiz Roberto (PDT), apesar de recentes declarações de apoio ao mesmo.
O ex-ministro enfatizou que o verdadeiro risco em Fortaleza seria legitimar o que ele descreveu como “o maior esquema de corrupção da história do Ceará”.
“Não é assim que se trata, companheiros, nem muito menos uma questão tão grave como a que se apresenta no Ceará (…) O que de pior pode acontecer em Fortaleza é a premiação do maior esquema de corrupção da história do Ceará”, declarou Ciro.
Finalizando suas declarações, Ciro pediu mais respeito dentro do partido, mas ameaçando revelar mais sobre a situação interna do PDT. Ele reiterou sua independência em relação ao PT, afirmando que não se reduziria a ser uma extensão do partido.