Em recente coletiva de imprensa, Carlos Eduardo (PSD), ex-prefeito de Natal e candidato no recente pleito municipal, declarou que manterá uma postura de neutralidade no segundo turno das eleições da cidade.
O político, que alcançou o terceiro lugar no primeiro turno com 23% dos votos, afirmou que não endossará nenhum dos candidatos remanescentes na disputa pela prefeitura.
O segundo turno em Natal verá a disputa entre Paulinho Freire (União), que liderou o primeiro turno com 44% dos votos, e Natália Bonavides (PT), que obteve 28%.
“Nesse segundo turno, vamos adotar uma posição de completa independência. Que a população, os amigos, correligionários, a cidade escolham de acordo com a sua consciência”, comunicou Carlos Eduardo durante a coletiva.
O ex-prefeito revelou que, apesar de ter conversado com as equipes de ambos os candidatos após a conclusão do primeiro turno, sua decisão de não apoiar nenhuma candidatura já estava firmada.
“Como eu já tinha a certeza de que não iria apoiar nenhum dos candidatos, eu não aprofundei tanto, nem pra um lado, nem pro outro”, explicou.
Durante sua carreira política, Carlos Eduardo foi prefeito de Natal por quatro mandatos, com o último deles entre 2017 e 2018. Ele deixou o cargo para concorrer ao governo do Rio Grande do Norte, sendo sucedido por Álvaro Dias (Republicanos), então vice-prefeito, que assumiu a prefeitura.
Na coletiva, o candidato também mencionou ter sido alvo de ataques durante a campanha e acredita que isso pode ter influenciado o resultado das urnas, em parte devido ao tempo limitado de exposição na televisão e no rádio.
“A televisão comprovou mais uma vez que ela predomina ainda”, comentou sobre o impacto da mídia na campanha.
Carlos Eduardo informou que não anulará seu voto no segundo turno, mas optou por manter em sigilo sua escolha de candidato.
Quanto ao seu futuro político, após três tentativas infrutíferas de eleição – para o governo do estado em 2018, para o Senado Federal em 2022 e para a prefeitura neste ano – ele expressou a necessidade de refletir sobre sua carreira.
“É um momento que eu tenho que respeitar a decisão e eu vou ver o que é que eu vou fazer futuramente da minha vida pública, se vai ter continuidade, se não vai ter continuidade. Isso é uma coisa que é de foro íntimo. Não é um momento bom pra mim, não é. Me causa muita tristeza esse resultado”, concluiu.