Com foco no fortalecimento interno e na liderança global, China ajusta suas políticas econômicas e se prepara para desafios futuros. Fontes acreditam que China está se preparando para uma guerra com o Ocidente.
A China, sob a liderança de Xi Jinping, tem tomado medidas significativas tanto no cenário econômico quanto no geopolítico, sinalizando uma preparação para desafios futuros com o Ocidente. Durante o Plenário do Partido Comunista Chinês (PCC) em julho, Xi delineou um plano para revitalizar a economia, com um pacote de estímulo monetário anunciado no final de setembro. Inicialmente, isso gerou otimismo no mercado de ações, mas a confiança do consumidor ainda mostra sinais de recuperação lenta.
A economia chinesa enfrenta obstáculos, muitos dos quais são reflexo de políticas adotadas pelo próprio governo. Xi Jinping tem reforçado o controle do Estado sobre a economia e mantido uma abordagem mais cautelosa em relação à iniciativa privada. Em vez de expandir medidas fiscais mais amplas, o governo priorizou um modelo de “crescimento de alta qualidade”, focado em sustentabilidade e equilíbrio, mas sem detalhar soluções mais amplas para impulsionar o consumo interno e fomentar o crescimento.
Cenário internacional e relações comerciais
No cenário global, Xi Jinping tem fortalecido laços com países como Rússia, Irã e Coreia do Norte, enquanto também enfatiza a importância de Taiwan para os interesses chineses. A política externa da China, nos últimos anos, tem se voltado para garantir sua presença em setores estratégicos, como inovação tecnológica e infraestrutura, especialmente no âmbito da Iniciativa Cinturão e Rota. Essa iniciativa tem se concentrado em regiões que oferecem recursos ou oportunidades de expansão tecnológica, ajustando-se às demandas estratégicas da China.
O relacionamento comercial com várias regiões, como a Europa, também se adaptou. O foco em setores de alta tecnologia, como veículos elétricos e saúde, demonstra a intenção da China de continuar se posicionando como líder em inovação e exportação. Esse alinhamento reforça a estratégia de autossuficiência, que Xi vem defendendo como parte de seu modelo de “economia de ciclo duplo”, equilibrando o mercado interno com a liderança global em determinados setores.
Preparação para desafios futuros
Enquanto isso, a questão de Taiwan segue sendo central para as relações da China com o Ocidente. Com a crescente importância geopolítica da região, a preparação para um possível cenário de conflito se torna cada vez mais relevante. A prontidão militar chinesa tem sido frequentemente mencionada por Xi como um ponto chave em seu governo, destacando que o país está atento ao cenário global e disposto a proteger seus interesses estratégicos.
Após as eleições nos Estados Unidos, espera-se que a dinâmica entre as duas potências continue a ser um fator determinante na política internacional. Xi Jinping tem mostrado que a China está disposta a manter sua posição e explorar as oportunidades que surgem nas relações globais, buscando um equilíbrio entre cooperação econômica e defesa de seus interesses nacionais.
Em resumo, a China está ajustando suas políticas internas e externas para garantir sua estabilidade e crescimento a longo prazo, mantendo-se firme em seus objetivos estratégicos. O cenário econômico e geopolítico continua em evolução, e a China, sob a liderança de Xi, parece determinada a continuar fortalecendo sua posição global.
Com informações do The Telegraph*