Paulo Nogueira Batista Júnior, ex-vice-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS (conhecido como Banco dos BRICS), está em Kazan, Rússia, para participar de uma série de eventos e reuniões que ocorrem entre os dias 22 e 24 de outubro. Em suas falas recentes, Paulo Nogueira tem se posicionado sobre temas cruciais relacionados ao sistema monetário internacional e à necessidade de alternativas ao domínio do dólar.
Ele destaca que o atual sistema, controlado pelo Ocidente e centrado no dólar, é irreformável, especialmente no que diz respeito a instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e o sistema de pagamentos SWIFT. Em seu entendimento, os BRICS, ou pelo menos um subgrupo dentro do bloco, poderiam desempenhar um papel relevante na criação de um novo sistema financeiro internacional.
Trechos da fala de Paulo Nogueira Batista Júnior:
“Estou aqui na Rússia para onde vim para uma série de eventos relacionados a BRICS. Uma das questões fundamentais é saber se esse grupo de países tem condições de oferecer alternativas para o atual sistema monetário internacional, que é irreformável.”
“O Ocidente controla esse sistema, ele está baseado no dólar e não há nenhuma expectativa de que se façam mudanças significativas nesse sistema. No Fundo Monetário, no Banco Mundial, no Direito Especial do SAC, no Sistema Internacional de Pagamentos controlado pelo Ocidente, chamado SWIFT.”
“Então a questão é, os BRICS têm capacidade, não digo todos, mas um subgrupo talvez, de criar um novo sistema de pagamentos internacionais alternativo ao SWIFT, de criar uma nova unidade de conta, um mecanismo de transição para uma nova moeda reserva, enfim, de criar mecanismos monetários e financeiros internacionais que deem uma alternativa segura, confiável ao sistema que hoje não é mais confiável, é baseado no dólar e no controle dos países ocidentais.”
A fala de Paulo Nogueira ressalta a importância da desdolarização para os BRICS e a busca por um sistema que ofereça maior segurança e independência financeira em relação ao domínio ocidental.