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Gravíssimo! Blinken teria autorizado ataques de Israel a comboios humanitários em Gaza

O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, teria dado permissão para Israel realizar ataques contra comboios de ajuda humanitária dentro da Faixa de Gaza, nos primeiros dias do conflito israelense-palestino, de acordo com reportagem publicada pelo Drop Site News (DSN). A publicação cita jornalistas e veículos israelenses para embasar as informações. A decisão de […]

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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (à esquerda), cumprimenta o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, após uma coletiva de imprensa conjunta, em 30 de janeiro de 2023, em Jerusalém. (Foto de DEBBIE HILL / POOL / AFP)

O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, teria dado permissão para Israel realizar ataques contra comboios de ajuda humanitária dentro da Faixa de Gaza, nos primeiros dias do conflito israelense-palestino, de acordo com reportagem publicada pelo Drop Site News (DSN). A publicação cita jornalistas e veículos israelenses para embasar as informações.

A decisão de Israel foi tomada durante uma sessão do Gabinete de Segurança, realizada entre 16 e 17 de outubro, em Tel Aviv, na qual Blinken esteve presente.

Conforme relatado pelo DSN, Blinken participou das discussões a partir do Kirya, sede do principal quartel-general militar israelense em Tel Aviv, enquanto o Gabinete de Guerra israelense debatia as ações a serem tomadas.

Segundo Yaron Avraham, repórter do Canal 12, a discussão envolveu horas de deliberações, com rascunhos sendo trocados entre o Gabinete de Segurança israelense e Blinken.

“Por volta das 3 da manhã, um texto acordado foi lido na sala do Gabinete, em inglês”, reportou Avraham.

O Canal 13 também confirmou o relato de Avraham, detalhando que Blinken estava em uma sala no Kirya com seus conselheiros, enquanto o Ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, interagia com ele e o Gabinete.

No dia seguinte, após novas discussões, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou sua decisão.

Segundo comunicado emitido, Israel aceitou permitir o fornecimento de ajuda humanitária vinda do Egito, limitada a alimentos, água e remédios para civis no sul da Faixa de Gaza, com a condição de que esses suprimentos não chegassem ao Hamas.

Entretanto, a DSN destacou o uso do termo “לסכל” (frustrar) no comunicado hebraico, que Israel frequentemente utiliza em referência a assassinatos direcionados.

A política de “frustrar” o acesso a suprimentos humanitários a Gaza teria sido transmitida ao Egito como uma ameaça explícita de bombardear caminhões de ajuda.

O Ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, declarou, dias após o anúncio, que houve a promessa de monitoramento e de que caminhões de ajuda interceptados pelo Hamas seriam alvo de ataques aéreos.

Quando questionado pela DSN, Vedant Patel, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, classificou o relatório como “absurdo”. O Departamento de Estado, no entanto, não esclareceu se Blinken teria aprovado ataques a supostos combatentes do Hamas que protegessem ou apreendessem comboios de ajuda.

De acordo com estatísticas de 2023, ataques israelenses se tornaram a principal causa de morte de trabalhadores humanitários em todo o mundo, com o exército de Israel responsável por mais de 75% das mortes registradas desde outubro daquele ano.

Nos últimos meses de 2023, os ataques contra trabalhadores humanitários nos territórios palestinos ocupados excederam as mortes registradas no ano mais letal até então.

Recentemente, a ProPublica informou que duas entidades do governo dos EUA, responsáveis por assistência humanitária, recomendaram a suspensão das remessas de armas para Israel devido ao bloqueio na entrega de ajuda em Gaza. As recomendações teriam sido ignoradas por Blinken, que, segundo a reportagem, teria mentido ao Congresso sobre essas descobertas.

Com informações do The Cradle

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