Direita domina a Câmara de São Paulo, mas a esquerda ganha força

A esquerda paulistana avança e aumenta sua presença, trazendo novos rostos e esperança de mudanças nas próximas disputas; confira a divisão

A Câmara Municipal de São Paulo agora possui uma maioria de vereadores de direita após o primeiro turno das eleições municipais deste ano, além de passar por uma significativa renovação. Mais de um terço dos 55 vereadores eleitos são novos na Casa, com um aumento na presença de mulheres e pessoas pardas entre os eleitos.

Dos 55 vereadores, 20 são novatos no legislativo. Entre os mais votados estão Lucas Pavanato (PL), Ana Carolina Oliveira (Podemos), Dr. Murillo Lima (PP), Sargento Nantes (PP) e Amanda Paschoal (PSOL), todos estreantes na Câmara. Pavanato, apoiador de Jair Bolsonaro, tem uma forte atuação nas redes sociais, enquanto Nantes, policial militar há 20 anos, apoiou o ex-coach Pablo Marçal no primeiro turno. Ana Carolina, mãe de Isabela Nardoni, também se destacou nesta eleição.

Murillo Lima, veterinário e irmão do deputado federal Bruno Lima, defende pautas ligadas à proteção animal. Já Amanda Paschoal, apadrinhada pela deputada federal Erika Hilton, traz a representatividade do PSOL.

A representação feminina aumentou de 13 para 20 cadeiras, com 40% das mulheres eleitas pertencentes a partidos de direita, 35% à esquerda e 25% ao centro. Além disso, o número de vereadores pardos saltou de 5 para 10, enquanto os brancos caíram de 41 para 38.

As maiores bancadas na Câmara são do PT, com 8 vereadores, seguidos de MDB, União Brasil e PL, com 7 cadeiras cada. No total, 18 cadeiras pertencem a partidos identificados com a esquerda, e 37 com o centro e a direita.

Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição, tem o apoio de 67% dos partidos representados na Câmara, enquanto seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL), conta com o apoio de 32% dos vereadores.