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AGU desperta “ciúmes” de servidores por novo benefício

Benefício de saúde suplementar concedido à AGU, que ultrapassa o teto constitucional, provoca críticas e pedidos de suspensão no TCU, acirrando disputas entre as carreiras do funcionalismo público. A Advocacia-Geral da União (AGU) está no centro de uma nova polêmica na Esplanada dos Ministérios. O motivo é a concessão de um benefício que permite o […]

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Foto: Agência Brasil.

Benefício de saúde suplementar concedido à AGU, que ultrapassa o teto constitucional, provoca críticas e pedidos de suspensão no TCU, acirrando disputas entre as carreiras do funcionalismo público.


A Advocacia-Geral da União (AGU) está no centro de uma nova polêmica na Esplanada dos Ministérios. O motivo é a concessão de um benefício que permite o pagamento de até R$ 3,5 mil mensais para despesas com saúde suplementar aos advogados da União. Esse valor extrapola o teto constitucional de remuneração do serviço público. Assim, a medida gerou indignação em diversas carreiras do funcionalismo público, que consideram o benefício injusto e desproporcional.

Pedido no TCU questiona legalidade do benefício

O Tribunal de Contas da União (TCU) recebeu um pedido do Ministério Público que solicita a suspensão do benefício. O principal argumento é que o pagamento desse “penduricalho”, aprovado pelo Conselho Curador dos Honorários Advocatícios (CCJA), viola o teto constitucional. Além disso, também fere o princípio da moralidade administrativa. Lucas Furtado, subprocurador-geral do MP, classificou o benefício como uma afronta às normas. Ele criticou a “insaciável avidez por recursos públicos” demonstrada por algumas carreiras. Segundo Furtado, há uma crescente disparidade entre os privilégios dos servidores públicos e a precariedade enfrentada pela população. Isso impacta negativamente o sentimento de justiça e a confiança nas instituições.

A percepção de favoritismo gera ressentimento

A AGU, vista como uma das carreiras mais privilegiadas do governo, enfrenta mais críticas agora. Servidores de outras áreas apontam que o órgão, comandado por um ministro próximo ao presidente Lula, é tratado com favoritismo. Um exemplo disso é o ressentimento entre os auditores da Controladoria-Geral da União (CGU). A liderança da CGU tem dificuldades em avançar com suas pautas. Uma fonte ligada ao movimento dos auditores afirmou que a CGU, liderada por Vinícius Carvalho, que veio da iniciativa privada, não consegue os mesmos benefícios que a AGU. “É a vantagem de ter um ministro da própria carreira”, disse a fonte.

Histórico de controvérsias e o “Centrão do serviço público”

O descontentamento com a AGU não é novo. Outras carreiras do serviço público demonstram há tempos insatisfação com a instituição. Alguns servidores apelidaram a AGU de “Centrão do Serviço Público”, devido à sua capacidade de negociar e obter benefícios. O ressentimento remonta a 2016, durante o governo Dilma Rousseff, quando o movimento “Nova AGU” defendia uma advocacia pública voltada para o Estado, e não para o governo. Mais tarde, com o governo Michel Temer, a AGU se distanciou do PT. Como resultado, obteve importantes ganhos institucionais, como o pagamento de honorários de sucumbência. Essa prática também gerou polêmica.

Críticas se intensificam com o novo benefício

O benefício de saúde suplementar reacendeu as críticas. Servidores de outras áreas lembram que, mesmo em tempos de dificuldades econômicas, a carreira de advogados da União parece sempre encontrar formas de ser favorecida. “No setor privado ou no público, o advogado sempre termina bem”, ironizou um servidor. A frase reflete o sentimento de frustração crescente entre as categorias.

O pedido de Furtado ao TCU tenta barrar o benefício, mas a concessão ainda está em vigor. Os ministros do tribunal continuam a deliberar sobre o tema. Enquanto isso, servidores públicos aguardam ansiosos pela decisão. Ela poderá suspender os pagamentos até que uma avaliação mais profunda seja feita sobre a legalidade da medida.

Debate sobre equidade e privilégios no serviço público

Com a nova concessão, as críticas ao comportamento da AGU se intensificam. O caso reacende o debate sobre os privilégios de certas carreiras no serviço público. Isso ocorre em um momento em que o país enfrenta dificuldades fiscais. Outras categorias do funcionalismo público veem suas demandas ignoradas, enquanto a AGU continua acumulando conquistas. Isso aprofunda a percepção de desigualdade na administração pública.

Este episódio ressalta as tensões entre as carreiras públicas. O país enfrenta pressões fiscais, e a polêmica envolvendo a AGU destaca a questão da equidade no tratamento das diversas categorias do serviço público. Assim, o sentimento de desigualdade na Esplanada aumenta.

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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Dudu

09/10/2024 - 22h20

A nação (os brasileiros) ao serviço do estado ao invés do estado estar a serviço dos brasileiros…o suco do terceiro mundo. O tempo passa e nada muda para melhor no Brasil.

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