Na corrida pelo comando da Prefeitura de São Paulo, o candidato Guilherme Boulos (PSOL) planeja intensificar sua campanha para o segundo turno, focando no uso estratégico do tempo de televisão e na mobilização em bairros menos favorecidos, conforme reportado pelo jornal O Globo.
Boulos, que ficou atrás do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) por uma margem estreita de 25 mil votos no primeiro turno, enfrenta um desafio contra o candidato à reeleição, que lidera nas pesquisas.
Com vistas a reverter o cenário, a campanha de Boulos conta com o apoio potencial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embora a compatibilidade das agendas apresente desafios.
“O presidente não é como algumas figuras que sequer elegíveis são e saem por aí fazendo politicagem”, declarou Boulos, em uma clara referência às atividades de Jair Bolsonaro (PL) na campanha de Nunes.
No esforço para ganhar terreno nas regiões periféricas, Boulos planeja realizar atos com vereadores eleitos em seus redutos eleitorais.
Alessandro Guedes (PT) liderará iniciativas em Itaquera, uma área onde Pablo Marçal (PRTB) foi bem-sucedido, enquanto Jair Tatto (PT) focará no Grajaú. Além disso, a campanha pretende capitalizar a imagem de Marta Suplicy (PT), vice na chapa de Boulos, para atrair votos nessas áreas.
Na televisão, a estratégia será enfatizar a escolha entre “continuidade” e “mudança”, e tentar associar Nunes a Bolsonaro, nacionalizando a disputa.
Ambos os candidatos terão tempos iguais de propaganda eleitoral e inserções no segundo turno, uma mudança significativa em relação ao primeiro turno, onde Nunes dispunha de 65% do tempo.
Boulos também defende a realização de no mínimo nove debates televisivos, argumentando que seu adversário tem desempenho inferior nesses eventos.
Por outro lado, Nunes prefere limitar os debates a apenas três. A expectativa de Boulos é que esses confrontos diretos possam ser decisivos para conquistar o eleitorado indeciso e mudar o rumo das eleições.