Em uma recente entrevista concedida ao jornal O Globo, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, discutiu o cenário político para os próximos anos, abordando as estratégias e perspectivas para o partido e seus aliados.
Com uma visão cautelosa sobre a candidatura à presidência em 2026, Kassab indicou uma inclinação do PSD em fortalecer alianças com outras siglas de centro, destacando conversas em andamento com o União Brasil para uma possível coalizão na disputa pelo comando da Câmara dos Deputados.
Kassab comentou sobre a posição do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), considerando-o um nome forte no cenário atual, mas sugeriu que Freitas deveria buscar a reeleição ao governo do estado em vez de entrar na corrida presidencial contra Lula (PT).
“O Lula será candidato com certeza, e ele não pode ser menosprezado. Enfrentar o Lula nunca é fácil”, declarou Kassab, reforçando que uma candidatura presidencial de Freitas poderia ser mais viável em 2030, após um período adicional de gestão em São Paulo.
O líder do PSD também abordou a potencial candidatura de Freitas em 2030, mencionando a possibilidade de uma aliança com Jair Bolsonaro, caso este esteja na disputa.
“Se em 2030 Bolsonaro estiver na disputa, Tarcísio pode ser vice. Mas acredito que ele estará muito bem posicionado por si só. Tarcísio é uma liderança inconteste da direita”, comentou.
Além disso, Kassab elogiou o papel de Freitas nas recentes eleições municipais, particularmente em São Paulo, onde seu apoio foi crucial para o avanço de Ricardo Nunes (MDB) ao segundo turno. Kassab destacou a influência de Freitas, afirmando, “Tarcísio é o grande vencedor dessa eleição, ao lado do próprio Ricardo.”
A entrevista também enfatizou a importância das alianças políticas, com Kassab apontando que a construção de uma base de apoio forte nos estados-chave, como São Paulo e Minas Gerais, será crucial para o PSD.
“O Lula está acima dos partidos de esquerda. Mais do que nunca, ele entenderá a importância das alianças políticas”, acrescentou, sugerindo que Lula continuará sendo uma figura central nas eleições futuras.
Kassab concluiu a entrevista otimista quanto ao futuro do PSD, destacando a força do partido no Sul e Sudeste e o sucesso em prefeituras significativas, como as do Rio de Janeiro e várias cidades de Minas Gerais. O foco atual do partido é consolidar sua posição e preparar seus líderes regionais para as eleições de 2026 e além.
Marcio Vicente
08/10/2024 - 10h45
Tenho acompanhado o comentário de Gilberto Kassab sobre Lula em 2026. E não concordo com uma só linha que ele fala sobre o Lula ser imbatível. O PT que estava cambaleando está morto. Lula em 2026 vai ser o Biden, a população vai trocá-lo por alguém mais novo, e com idéias mais modernas. Esta eleição mostrou uma juventude muscolosa e sem veios de PT, Psol, ou qualquer coisa ligada mais à esquerda. Os jovens que buscam Bets não estão preocupados com sindicalismo ou algo assim, nem mesmo carteira assinada, a visão de mundo deles é totalmente diferente de 1989. Querem bonde andando feito trem bala. Então, a única explicação para o senhor Kassab, é que quer ninho tranquilo para ficar chocando seus ovos. Com Lula tem ministérios, secretarias, presidencias de senado, e deve estar lutando pra isso, já que ganhou muitas prefeituras. Mas, nada me convence de que kassab é a cara do PSDB que está na UTI. É um cara que nem diz esquerda nem direita: vide seus eleitos, Eduardo Paes no Rio, escondeu o Lula, mas usou o seu dinheiro, o meu dinheiro, canetada para dar terreno ao Flamengo, e por foi. Paes nunca foi esquerda, agora diz que deve conversar com todos. Na minha opinião é isso que vejo.Tem sim lugar para tirar o Lula em 2026, se ele insistir em vir candidato. Tem uma fila de presidenciáveis de Centro-direita e Direita. Que Deus esteja conosco, o Brasil merece.