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Mísseis atingem Haifa enquanto Israel intensifica bombardeios no sul do Líbano

No aniversário do ataque do Hamas, a escalada do conflito entre Hezbollah e Israel deixa um rastro de destruição no Líbano Na manhã desta segunda-feira (7), o Hezbollah lançou foguetes contra Haifa, a terceira maior cidade de Israel, enquanto as forças israelenses se preparavam para intensificar incursões terrestres no sul do Líbano, marcando o primeiro […]

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Câmera de vigilância captura foguete do Hezbollah atingindo Haifa, em Israel / REUTERS

No aniversário do ataque do Hamas, a escalada do conflito entre Hezbollah e Israel deixa um rastro de destruição no Líbano

Na manhã desta segunda-feira (7), o Hezbollah lançou foguetes contra Haifa, a terceira maior cidade de Israel, enquanto as forças israelenses se preparavam para intensificar incursões terrestres no sul do Líbano, marcando o primeiro aniversário da guerra de Gaza, que ampliou o conflito no Oriente Médio.

O Hezbollah, apoiado pelo Irã e aliado do Hamas, grupo militante palestino que combate Israel em Gaza, afirmou ter atacado uma base militar ao sul de Haifa com mísseis “Fadi 1” e realizado outro ataque em Tiberíades, a 65 km de distância.

Em um segundo ataque na segunda-feira, o Hezbollah relatou ter atingido áreas ao norte de Haifa com mais mísseis.

O exército israelense informou que sua força aérea estava conduzindo bombardeios intensos contra alvos do Hezbollah no sul do Líbano, e que dois soldados israelenses foram mortos em combate na área de fronteira, elevando o número total de soldados mortos no Líbano para 11 até o momento.

Além disso, foi conduzido um ataque direcionado aos subúrbios ao sul de Beirute, onde uma espessa coluna de fumaça foi avistada.

O Ministério da Saúde do Líbano relatou que 10 bombeiros morreram em um ataque aéreo israelense a um prédio municipal em Bint Jbeil, uma cidade fronteiriça, enquanto outros ataques aéreos no domingo (6) mataram 22 pessoas em várias cidades do sul e leste do Líbano.

O aumento das hostilidades levantou preocupações de que os Estados Unidos, aliado poderoso de Israel, e o Irã possam ser arrastados para um conflito mais amplo na região produtora de petróleo do Oriente Médio.

No dia 1º de outubro, o Irã lançou uma barragem de mísseis contra Israel. Em resposta, Israel afirmou que retaliaria e estava avaliando possíveis alvos, incluindo instalações de petróleo iranianas.

FOGUETES ATINGEM HAIFA

Foguetes atingem cidade de Haifa em Israel / REUTERS

A polícia israelense confirmou que foguetes atingiram Haifa, importante porto no Mediterrâneo, na segunda-feira (7), e a mídia local relatou que 10 pessoas ficaram feridas.

Uma declaração militar israelense informou que cinco foguetes foram disparados contra Haifa a partir do Líbano, e interceptadores foram lançados contra eles. “Projéteis caídos foram identificados na área. O incidente está sob análise.”

Além disso, 15 foguetes foram lançados contra Tiberíades, na região norte da Galileia, dos quais alguns foram interceptados. A mídia israelense relatou que mais cinco foguetes atingiram a área de Tiberíades.

Israel também interceptou dois drones lançados do leste na manhã de segunda-feira, após sirenes soarem nas áreas centrais de Rishon Lezion e Palmachim, segundo os militares.

O Hamas, que iniciou a guerra de Gaza com um ataque surpresa a Israel há um ano, afirmou ter atacado Tel Aviv, capital comercial de Israel, com uma salva de mísseis, acionando sirenes nas áreas centrais do país.

Muitos israelenses recuperaram a confiança em seu aclamado aparato militar e de inteligência após uma série de ataques fatais à estrutura de comando do Hezbollah no Líbano nas últimas semanas.

“Nosso contra-ataque aos nossos inimigos no eixo do mal do Irã é necessário para garantir nosso futuro e nossa segurança”, declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em uma reunião especial do gabinete em Jerusalém, para marcar o aniversário da guerra de Gaza.

“Estamos mudando a realidade de segurança em nossa região, pelo bem de nossos filhos, pelo nosso futuro, para garantir que o que aconteceu em 7 de outubro não se repita”, acrescentou Netanyahu.

Os subúrbios densamente povoados do sul de Beirute foram novamente atingidos por ataques aéreos durante a noite, enquanto Israel ampliava sua campanha aérea na área, onde o Hezbollah tem sua sede.

Israel acusa o movimento xiita militante de esconder seus centros de comando e armamento sob prédios residenciais no coração de Beirute. O Hezbollah nega armazenar armas em áreas civis.

Os ataques aéreos israelenses deslocaram 1,2 milhão de pessoas no Líbano, e com a intensificação da campanha de bombardeios, muitos temem que o país enfrente uma devastação semelhante à de Gaza, causada pelos ataques aéreos e terrestres de Israel.

O CONFLITO ISRAEL-HEZBOLLAH SE ESPALHA

O Hezbollah começou a disparar foguetes contra Israel em 8 de outubro de 2023, em solidariedade ao Hamas. Após um ano de trocas de fogo entre o Hezbollah e Israel, limitadas principalmente à área de fronteira, o conflito se intensificou consideravelmente no Líbano.

Israel realizou incursões terrestres no sul do Líbano, que o Hezbollah afirma ter repelido.

Os israelenses marcaram o primeiro aniversário do ataque do Hamas com cerimônias e protestos na segunda-feira (7), incluindo um evento em memória às vítimas do Nova Music Festival, onde militantes mataram 364 pessoas e sequestraram 44 participantes e funcionários do evento.

Na ofensiva devastadora do Hamas, militantes atacaram cidades e vilarejos israelenses próximos à fronteira com Gaza, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando cerca de 250, segundo dados israelenses.

O ataque do Hamas, considerado a maior falha de segurança de Israel desde o Holocausto, destruiu a sensação de segurança da população israelense e abalou a confiança em seus líderes.

A ofensiva do Hamas desencadeou uma resposta militar massiva de Israel contra Gaza, que resultou na destruição significativa do enclave densamente povoado e na morte de quase 42.000 pessoas, segundo autoridades de saúde palestinas.

A guerra de Gaza deu origem a um conflito multifacetado no Oriente Médio, envolvendo o “Eixo de Resistência” do Irã – que inclui o Hezbollah, os Houthis do Iêmen e milícias iraquianas – e provocando raros confrontos diretos entre Israel e o Irã.

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