Guilherme Boulos (PSOL) obteve alta votação em bairros de classe média em São Paulo, como Pinheiros, Perdizes, Bela Vista, Santa Ifigênia e Vila Mariana.
Em Pinheiros, Boulos alcançou 36% dos votos, superando Ricardo Nunes, que obteve 26%. Pablo Marçal e Tábata Amaral ficaram próximos, cada um com cerca de 17%. O bairro é destacado pelo Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo como o líder no ranking de IDH em 2010, com 0,942.
Nos extremos da cidade, o cenário foi mais equilibrado. No Itaim Paulista, localizado na Zona Leste, Boulos empatou com Nunes e Marçal, cada um com 29% dos votos.
Em Parelheiros, região com o IDH mais baixo da cidade segundo o Atlas da Prefeitura (0,680), os três candidatos também registraram uma disputa acirrada, cada um obtendo cerca de 28% dos votos.
Em comparação com a eleição presidencial de 2022, Lula, então candidato, venceu Jair Bolsonaro no Itaim Paulista com 56% dos votos, enquanto em Parelheiros obteve mais de 64%. No entanto, Boulos não conseguiu repetir o desempenho de Lula em regiões historicamente fortes para o PT.
Em bairros como Grajaú e Piraporinha, ambos na Zona Sul, onde Lula venceu com 66% dos votos em 2022, Boulos obteve 33% no Grajaú, ficando atrás de Nunes, que alcançou 34%, e de Marçal, com 23%. Em Piraporinha, Boulos conseguiu 37%, enquanto Nunes e Marçal alcançaram mais de 25% cada.
Marçal demonstrou desempenho significativo em diversas partes da cidade, incluindo áreas tradicionalmente dominadas pelo PT, como Pirituba e Itaquera. Em Pinheiros, Perdizes e Bela Vista, no entanto, ele ficou abaixo dos 20%.
Para garantir a vitória no segundo turno, Boulos precisará captar o “voto de protesto” contra o atual prefeito Ricardo Nunes. Para isso, o candidato do PSOL deve evitar ser caracterizado como parte do sistema, apesar de ser apoiado pelo presidente da República em exercício. A estratégia seria transformar a eleição em um plebiscito focado na gestão municipal, buscando evitar a nacionalização da campanha.
Mandrake
07/10/2024 - 10h48
O PT nao existe mais, pelo bem do Brasil.