João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC, foi reeleito prefeito de Maceió com 83,26% dos votos. Segundo ele, o resultado é reflexo do desempenho de sua primeira gestão, que teria conseguido atrair eleitores de diferentes espectros políticos na capital alagoana.
Em entrevista ao Globo, o prefeito também destacou a relevância do seu partido, o PL, e do ex-presidente Jair Bolsonaro na política nacional.
JHC, alinhado ao bolsonarismo, foi o único candidato desse espectro político a vencer no Nordeste nas últimas duas eleições.
Ele expressou a intenção de transformar Maceió em um “ponto de ressonância para a direita na região”, ressaltando que seu trabalho nos últimos quatro anos foi reconhecido pela população.
“A população fez uma avaliação da gestão de Maceió e tivemos o voto de todos os espectros políticos. Acredito que temos uma sinalização para o Nordeste, torço para que Maceió seja um ponto de ressonância da direita no Nordeste”, afirmou o prefeito.
Com apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e do ex-presidente Jair Bolsonaro, JHC venceu Rafael Brito (MDB), candidato apoiado pelo senador Renan Calheiros (MDB) e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante o primeiro turno, houve embates com o grupo adversário, mas JHC afirmou que manterá relações institucionais e republicanas com os opositores, que incluem o governador do Estado, Paulo Dantas (MDB). Ele também declarou que está à disposição do PL para colaborar com Bolsonaro nas campanhas para o segundo turno.
“O grupo de Renan tentou serpentear, mas Maceió deu um recado muito claro do que quer, contra este projeto hegemônico”, disse JHC. O prefeito ressaltou que, durante sua gestão, a cidade aumentou o investimento para 18% da receita líquida.
“Além disso, pudemos ver nesta eleição a inegável força política do Bolsonaro. Os números mostram isso. O Brasil vive uma polarização e estes resultados são significativos. Estarei à disposição do PL no segundo turno”, completou.
JHC, formado em Direito, foi o deputado federal mais votado de Alagoas em 2014 e o parlamentar proporcionalmente mais votado do Brasil nas eleições de 2018. Em 2022, filiou-se ao PL, partido de Jair Bolsonaro, e desde então, consolidou sua atuação política na capital alagoana.