Procurador adia bomba contra Bolsonaro! Denúncia unificada pode virar o jogo após eleições

Corrupção e joias milionárias: PF fecha cerco contra ex-presidente Bolsonaro

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, planeja apresentar a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas somente após o segundo turno das eleições municipais, marcado para o próximo dia 27, de acordo com informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Gonet está analisando dois inquéritos nos quais a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente: um relacionado à “suposta venda irregular de joias recebidas da ditadura saudita” e outro envolvendo “uma possível fraude em cartões de vacina”.

O procurador avalia que acusar Bolsonaro durante o período eleitoral poderia influenciar diretamente o desfecho das eleições, já que o partido do ex-presidente é o maior da Câmara e tem candidatos nas principais cidades do Brasil.

Neste ano, a PF encerrou duas investigações que apontam crimes envolvendo Bolsonaro e seus aliados. Em março, a PF o indiciou por associação criminosa e por inserir “dados falsos em um sistema público” com a intenção de fraudar cartões de vacina contra a Covid-19.

Em julho, Bolsonaro foi novamente indiciado, dessa vez por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro em um esquema de apropriação de joias de alto valor, presentes ao governo brasileiro.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) está atualmente avaliando quais crimes devem ser incluídos na denúncia que será submetida ao Supremo Tribunal Federal (STF). Há, inclusive, a sugestão dentro do gabinete de Gonet para que os dois inquéritos sejam combinados em uma única denúncia criminal.

O caso das “joias sauditas” ganhou mais relevância em agosto, após o indiciamento de Bolsonaro pela PF, quando o Tribunal de Contas da União (TCU) revisou sua posição, afirmando que “não existe norma clara” sobre os presentes que os presidentes devem integrar ao patrimônio público.

Na última quarta-feira (2), o advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, entrou com um pedido no STF para encerrar as investigações, alegando que a conclusão da PF foi baseada em uma decisão do TCU que foi posteriormente alterada.

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