Eduardo Paes, do PSD, foi reeleito prefeito do Rio de Janeiro no último dia 6 de outubro, em uma eleição marcada pela rápida apuração dos votos, com quase 99% das urnas contabilizadas. O candidato Alexandre Ramagem, do PL, ocupou a segunda posição na disputa.
A trajetória política de Paes começou em 1993, quando, aos 23 anos, foi designado subprefeito da Zona Oeste I do Rio de Janeiro. Essa nomeação foi realizada pelo então prefeito Cesar Maia, que era seu padrinho político. Em 1996, Paes conquistou seu primeiro cargo eletivo, ao ser eleito para a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.
Em 1998, foi eleito deputado federal pelo Rio, cargo que ocupou até 2002, quando foi reeleito. Durante seu segundo mandato, Paes se licenciou para assumir a Secretaria de Meio Ambiente da prefeitura carioca, também sob a administração de Cesar Maia. Em 2007, recebeu nova nomeação, desta vez como secretário estadual de Turismo, Esporte e Lazer, pelo então governador Sérgio Cabral.
A primeira vitória em um cargo do Poder Executivo ocorreu em 2008, quando Paes foi eleito prefeito do Rio de Janeiro. Ele foi reeleito em 2012, e durante seu segundo mandato, a cidade recebeu eventos de grande porte, como a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20 em 2012, a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016.
Após deixar o cargo de prefeito, Paes atuou como consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Washington, em 2017, e, em 2018, foi nomeado presidente para a América Latina da BYD, uma das maiores fabricantes de veículos elétricos do mundo.
Na eleição para governador do Rio de Janeiro em 2018, Paes foi derrotado no segundo turno por Wilson Witzel. Ele também havia tentado a candidatura ao Palácio Guanabara em 2006, mas terminou na quinta posição.
No pleito de 2020, Paes foi eleito para seu terceiro mandato como prefeito, então filiado ao Democratas. Com a recente reeleição, Paes alcança a marca de quatro mandatos consecutivos, superando Cesar Maia, que ocupou o cargo por 12 anos.
A coligação que apoiou sua reeleição, intitulada “É o Rio Seguindo em Frente”, foi formada por diversos partidos, incluindo Solidariedade, Podemos, Avante, Agir, PDT, PSB, PRD, DC e a Federação PT/PV/PCdoB.
À Justiça Eleitoral, Eduardo Paes declarou possuir bens no valor total de R$ 185.668,74. A reeleição de Paes reflete sua longa trajetória na política carioca e seu papel significativo na administração municipal, marcada por grandes eventos e iniciativas em sua gestão.