Na véspera das eleições municipais de São Paulo, o candidato Pablo Marçal (PRTB) enfrenta acusações sérias após a divulgação de um laudo médico falso que alegava o uso de drogas por Guilherme Boulos (PSOL), seu oponente na corrida pela prefeitura. Segundo reportagens do UOL e O Globo, Marçal admitiu ter publicado o documento sem verificar sua autenticidade, delegando a responsabilidade para quem o emitiu.
Durante uma entrevista, Marçal justificou sua ação dizendo: “Eu recebi e publiquei. Quem emitiu que tem que falar [se o laudo é verdadeiro].” Ele também mencionou que seu advogado, Tássio Renam, havia verificado a autenticidade do documento, embora mais tarde tenha afirmado que não tinha “nenhuma ligação com o laudo” e não se arrependia de tê-lo divulgado.
As implicações do incidente são graves, com Guilherme Boulos acusando Marçal de cometer um crime eleitoral e exigindo sua prisão imediata e a impugnação de sua candidatura. A autenticidade do laudo foi oficialmente questionada após a ex-secretária do médico José Roberto de Souza, cujo nome foi falsamente utilizado no documento, confirmar que a assinatura no laudo era falsa.
Este episódio lança uma sombra sobre a integridade da campanha de Marçal e levanta questões sobre o uso de desinformação nas eleições. A situação sublinha a tensão e a competitividade na disputa pela prefeitura de São Paulo, com candidatos enfrentando não apenas entre si, mas também a verificação rigorosa de suas ações e declarações no contexto de uma eleição acirrada.
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