Rússia alerta para confronto histórico com os EUA, deixando o mundo em suspense sobre o próximo passo
A Rússia deve se preparar para um confronto prolongado com os Estados Unidos, afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, conforme divulgado nesta terça-feira (1º).
Segundo Ryabkov, diversos avisos têm sido enviados a Washington sobre a crise nas relações entre os dois países, destacando a seriedade da situação.
A guerra na Ucrânia, que já dura dois anos e meio, é o epicentro deste confronto, sendo considerada a mais grave disputa entre a Rússia e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962. Na época, foi o momento mais próximo em que as superpotências da Guerra Fria chegaram de uma guerra nuclear intencional.
Atualmente, o conflito está entrando em uma fase ainda mais perigosa, conforme afirmam as autoridades russas. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, tem solicitado aos aliados de Kiev que permitam à Ucrânia o uso de mísseis ocidentais de longo alcance para atacar profundamente em território russo, limitando a capacidade de Moscou de lançar ofensivas.
Ryabkov, responsável pelo controle de armas e pelas relações com Washington, destacou que Moscou não nutre ilusões sobre o estado atual dos laços com os Estados Unidos, dadas as fortes posturas anti-Rússia de ambos os partidos americanos.
“Devemos nos preparar para um confronto prolongado com este país. Estamos prontos para isso em todos os aspectos”, afirmou Ryabkov, citado pela agência de notícias estatal RIA.
Ele também enfatizou que a Rússia está enviando “todos os sinais de alerta” aos seus adversários, para que não subestimem a determinação russa.
Na semana passada, o presidente Vladimir Putin reforçou esses avisos ao Ocidente, dizendo que a Rússia poderia utilizar armas nucleares se fosse atingida por mísseis convencionais e que qualquer ataque apoiado por uma potência nuclear seria considerado um ataque conjunto por Moscou.