Investidores globais injetam bilhões na OpenAI, mas com uma condição surpreendente que pode mudar o jogo da inteligência artificial
À medida que investidores globais, como a Thrive Capital e a Tiger Global, injetam US$ 6,6 bilhões na OpenAI, criadora do ChatGPT, a empresa busca mais do que apenas capital — ela também quer que esses investidores se comprometam a não financiar cinco concorrentes diretos, conforme fontes informaram à Reuters.
Entre as empresas na lista estão rivais que desenvolvem grandes modelos de linguagem, como a Anthropic e a xAI, de Elon Musk. A nova empresa de Ilya Sutskever, cofundador da OpenAI, chamada Safe Superintelligence (SSI), também figura na lista. Essas companhias disputam o desenvolvimento de grandes modelos de linguagem, um campo que exige investimentos bilionários.
Além disso, a OpenAI citou duas startups de aplicativos de IA: a Perplexity, focada em busca de IA, e a Glean, voltada para busca empresarial. Isso sugere que a OpenAI pretende ampliar a oferta de suas ferramentas para empresas e usuários finais, com uma projeção de crescimento de receita de US$ 3,7 bilhões neste ano para US$ 11,6 bilhões até 2025.
A OpenAI, Perplexity e SSI se recusaram a comentar, enquanto a Anthropic e a Glean não responderam de imediato. A xAI não pôde ser contatada.
Embora o pedido não tenha força jurídica, ele demonstra como a OpenAI está usando sua atratividade para garantir compromissos exclusivos de investidores em um ambiente altamente competitivo, onde o acesso ao capital é vital. Tais expectativas são comuns no capital de risco, mas é raro formalizar uma lista como a da OpenAI. Normalmente, investidores evitam apoiar concorrentes diretos de suas empresas de portfólio para evitar riscos reputacionais.
Essa prática, contudo, pode ser desafiada por investidores em estágio avançado que diversificam suas apostas, como a SoftBank e a Fidelity, que investiram tanto na xAI quanto na OpenAI.
A solicitação não se aplica a investidores anteriores da OpenAI, nem aos investimentos já realizados, mas pode impactar futuras rodadas de arrecadação de fundos, tanto da OpenAI quanto de seus concorrentes.
O Financial Times e o Wall Street Journal foram os primeiros a relatar parte das empresas envolvidas.
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