Líder iraniano quebra silêncio de 5 anos e chama ataque de ‘ato de justiça’

O líder supremo do Irã, Khamenei, se encontra com o presidente iraniano Pezeshkian e seu gabinete, em Teerã / Reuters

Com um rifle ao lado e palavras de desafio, Khamenei promete vingança contra Israel, chamando os ataques de “punição mínima” pelos crimes cometidos

Com um rifle ao lado, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, apareceu em público nesta sexta-feira (4) pela primeira vez desde o ataque recente de mísseis iranianos contra Israel, descrevendo o ataque como uma punição legítima pelos “crimes israelenses”.

Este foi o primeiro sermão de sexta-feira de Khamenei em quase cinco anos. Durante o discurso, ele enfatizou que a resistência contra Israel não se enfraqueceria, mesmo com a morte de seus líderes.

Ao longo do discurso, Khamenei frequentemente segurava o cano de um rifle ao seu lado, uma prática simbólica entre clérigos iranianos desde a Revolução Islâmica de 1979.

Khamenei falou em árabe e persa, elogiando o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, que foi morto em um ataque israelense em Beirute em 27 de setembro. Ele afirmou que os EUA e seus aliados usam a segurança de Israel como pretexto para explorar os recursos da região e enviá-los ao Ocidente.

Ele afirmou: “Nosso povo resistente no Líbano e na Palestina, todos esses testemunhos e sangue derramado não abalarão sua vontade, mas fortalecerão sua firmeza“.

O Irã lançou uma série de mísseis contra Israel na terça-feira, como retaliação pela morte de Nasrallah e pelo assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, em julho. O Irã acusa Israel pela morte de Haniyeh, embora autoridades israelenses não tenham assumido responsabilidade.

Khamenei continuou, afirmando que Israel finge vencer por meio de “assassinatos, destruição e bombardeios”, mas esses atos aumentam a determinação da resistência. Ele acrescentou: “Cada ataque lançado por qualquer grupo contra Israel é um serviço à região e a toda a humanidade“.

Khamenei também reforçou que o ataque iraniano foi “legal e legítimo”, afirmando que essa foi a punição mínima pelos crimes de Israel. Ele deixou claro que o Irã não procrastinaria em suas ações contra Israel, dizendo que o Irã agiria de maneira prudente, mas determinada, em cumprir seu dever.

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