Um ataque aéreo realizado por Israel nesta sexta-feira, 4, causou a destruição de uma estrada essencial na fronteira entre o Líbano e a Síria, perto do posto de Masnaa.
O impacto do ataque resultou em uma cratera de quatro metros de largura, bloqueando uma das principais rotas usadas por civis que fogem dos bombardeios em Beirute e regiões próximas.
Segundo o ministro dos Transportes do Líbano, Ali Hamieh, a via destruída era vital para a evacuação de refugiados, em sua maioria sírios, que buscavam segurança longe dos confrontos.
Mais de 300.000 pessoas já haviam cruzado para a Síria desde o início do aumento da violência, conforme relatos. “Este bombardeio só aumenta o sofrimento de uma população já devastada pelo conflito”, disse Hamieh à agência Reuters, sublinhando a crítica situação humanitária que o país enfrenta.
Do lado de Israel, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Avichay Adraee, justificou a operação aérea alegando que o Hezbollah utilizava a rota para contrabandear armamentos.
Adraee afirmou na rede social X (anteriormente Twitter) que as forças israelenses agirão sempre que necessário para impedir o transporte de armas pelo grupo apoiado pelo Irã.
A intensificação do conflito entre Israel e o Hezbollah eleva a preocupação internacional sobre a possibilidade de uma expansão do conflito, envolvendo grandes potências como Estados Unidos e Irã.
Apesar do risco crescente, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manifestou otimismo cauteloso ao declarar que uma “guerra total” no Oriente Médio pode ser evitada, mas reconheceu que “há muito trabalho a ser feito” para controlar a situação.
A escalada contínua dos confrontos e o recente ataque intensificam os temores de um agravamento do conflito, que já deslocou mais de um milhão de libaneses e resultou em milhares de mortes desde o início dos ataques israelenses no último ano.
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