Pela primeira vez, o exército do Líbano se envolveu diretamente em combates contra Israel, respondendo a um ataque que resultou na morte de um soldado libanês.
O incidente, que ocorreu na vila fronteiriça de Bint Jbeil, marca uma escalada significativa na tensão entre os dois países, que até então viam o grupo Hezbollah como o principal agente em confrontos na região.
O confronto foi confirmado pelos militares libaneses através de uma publicação na rede social X, antes conhecida como Twitter.
A instalação militar libanesa foi alvo de ataques de Israel, levando a uma resposta direta do exército do Líbano, um movimento que desvia da postura até então observada de separação entre as ações de Hezbollah e as forças armadas oficiais do país.
Ainda é incerto se este incidente resultará em uma intensificação dos combates entre Israel e o exército libanês. O governo do Líbano tem mantido uma política de neutralidade, reiterando seu pedido pelo fim das hostilidades entre o grupo armado Hezbollah e Israel, e declarando que não deseja uma guerra.
O grupo Hezbollah, financiado pelo Irã e operando principalmente no sul do Líbano, mantém suas forças, armas e mísseis posicionados de forma independente das forças armadas libanesas.
Em resposta às alegações recentes de que teria recuado antes de uma invasão terrestre israelense, o exército libanês negou tais afirmações, reforçando que suas tropas permanecem posicionadas na fronteira.
Aumentando as tensões, Israel emitiu na quinta-feira, 3, ordens de evacuação para residentes de vilarejos e cidades no sul do Líbano, ao norte da fronteira.
A área, que se encontra dentro de uma “zona tampão” estabelecida pelas Nações Unidas após a guerra de 2006, poderia ser o foco de uma expansão da incursão militar israelense, até então limitada às regiões fronteiriças.
Com informações do Estadão
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