Pelo menos 18 pessoas morreram em um ataque israelense ao campo de refugiados de Tulkarm, na Cisjordânia ocupada, segundo o Ministério da Saúde palestino em uma publicação no Telegram na noite de quinta-feira, horário local.
O exército israelense confirmou o ataque em Tulkarm, na parte norte da Cisjordânia ocupada, descrevendo-o como uma operação conjunta entre o serviço de segurança interna Shin Bet e a força aérea, de acordo com um breve comunicado militar.
Imagens postadas nas redes sociais mostraram o que parecia ser um corpo suspenso no ar e escombros espalhados pelas ruas, com gritos ao fundo.
O bombardeio atingiu o bairro de al-Hamam no campo de Tulkarm, e ao menos um míssil acertou um café popular em um prédio de três andares, disseram autoridades palestinas. Ambulâncias e equipes de socorro se dirigiram ao local.
“Condenamos o massacre no campo de Tulkarm e responsabilizamos totalmente o governo de ocupação por suas repercussões”, disse a presidência da Autoridade Palestina em um comunicado.
Faisal Salama, uma autoridade do campo, disse à AFP que o ataque foi realizado por um caça F-16.
Este é o primeiro bombardeio com mísseis no campo de refugiados de Tulkarm desde a Segunda Intifada, a revolta palestina do início dos anos 2000.
Israel intensificou seus ataques na Cisjordânia ocupada desde 7 de outubro de 2023, após o ataque liderado pelo Hamas no sul de Israel. Desde então, mais de 630 palestinos foram mortos em ataques israelenses na Cisjordânia.
Em agosto, Israel lançou uma grande ofensiva no norte da Cisjordânia, direcionando as cidades de Jenin, Tulkarm e Tubas com helicópteros militares e grandes comboios de veículos blindados.
Grandes ofensivas israelenses na Cisjordânia ocupada às vezes ocorrem “em uma escala não vista nas últimas duas décadas”, disse Volker Turk, chefe de direitos humanos da ONU, em setembro.
Israel ocupa a Cisjordânia desde 1967.
Publicado originalmente no Middle East Eye.
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