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Bolsonaristas começam a migrar em massa para candidatura de Marçal

Na reta final da campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, a candidatura de Pablo Marçal (PRTB) ganhou impulso significativo com o apoio de nomes influentes no cenário bolsonarista. Anteriormente alinhados com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), essas figuras transferiram seu apoio para Marçal, sinalizando uma reconfiguração importante no panorama eleitoral. Pesquisas recentes indicam […]

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Na reta final da campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, a candidatura de Pablo Marçal (PRTB) ganhou impulso significativo com o apoio de nomes influentes no cenário bolsonarista.

Anteriormente alinhados com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), essas figuras transferiram seu apoio para Marçal, sinalizando uma reconfiguração importante no panorama eleitoral.

Pesquisas recentes indicam um cenário de empate técnico entre Marçal, Nunes e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), e essa migração de apoio pode ser determinante para definir quem avançará ao segundo turno.

O afastamento de figuras centrais do bolsonarismo da campanha de Nunes em direção a Marçal se intensificou nas últimas semanas. Deputados como Nikolas Ferreira (PL-MG), Marco Feliciano (PL-SP) e Ricardo Salles (Novo-SP) manifestaram publicamente apoio ao candidato do PRTB, enfraquecendo a base de apoio de Nunes.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Feliciano mencionou sua proximidade com Marçal e criticou o atual prefeito por estar, segundo ele, vinculado a “políticos e religiosos” que, em sua visão, estariam prejudicando a verdadeira agenda da direita.

“Eu sou aliado, mas não sou alienado. Sou livre para pensar e apoiar quem eu desejar, é a democracia”, afirmou Feliciano.

Nikolas Ferreira, um dos deputados federais mais influentes entre os bolsonaristas nas redes sociais, também anunciou sua adesão à campanha de Marçal.

Em uma postagem recente, o parlamentar mineiro declarou preferir “dar uma chance para a dúvida (Marçal)” em vez de continuar apoiando Nunes, a quem classificou como “conciliador de vagabundos”.

A crítica de Ferreira à ampla coligação do prefeito, composta por 12 partidos, reforçou seu rompimento com a campanha do MDB.

Além de Ferreira, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles também entrou na campanha de Marçal, intensificando o movimento de figuras bolsonaristas em torno do candidato.

A adesão de Salles adiciona peso à mudança de apoio, dado seu histórico de defesa de pautas conservadoras e sua proximidade com o eleitorado bolsonarista.

Por outro lado, enquanto parte significativa do bolsonarismo migra para Marçal, a ala religiosa do movimento permanece fiel ao prefeito Nunes.

Lideranças evangélicas, como o pastor Silas Malafaia, mantêm seu apoio firme ao atual prefeito. Malafaia, que já organizou duas grandes manifestações de apoio ao bolsonarismo na Avenida Paulista neste ano, tem criticado abertamente Marçal, a quem acusa de ser um “farsante”.

Segundo o pastor, Marçal tenta conquistar o apoio do eleitorado evangélico com discursos que ele considera espiritualmente vazios. Malafaia também destacou vídeos antigos de Marçal nos quais o candidato critica a prática de cobrança de dízimos, fato que tem sido utilizado pelo pastor como um argumento para enfraquecer a candidatura do ex-coach entre os fiéis.

As divisões dentro do bolsonarismo entre o apoio a Marçal e Nunes evidenciam um racha nas bases eleitorais conservadoras, o que pode ter implicações diretas sobre os resultados da eleição municipal.

Com a proximidade do pleito e a ascensão de Guilherme Boulos nas pesquisas, a migração de apoio de importantes figuras bolsonaristas para Marçal pode alterar o equilíbrio de forças que até então vinha favorecendo Nunes.

Os analistas políticos estão atentos a como essa mudança de posicionamento influenciará a corrida eleitoral. De um lado, a manutenção do apoio da ala religiosa ao atual prefeito pode garantir a Nunes uma base de votos sólida.

Do outro, o crescimento da adesão de nomes bolsonaristas de peso à campanha de Marçal pode consolidar sua candidatura como a principal força de direita na disputa, especialmente se continuar a atrair mais figuras do movimento.

Enquanto isso, a candidatura de Guilherme Boulos segue crescendo, principalmente entre o eleitorado de esquerda. O deputado federal tem se mantido distante dos conflitos internos da direita e focado sua campanha em pautas progressistas e no fortalecimento de políticas públicas.

A estratégia de Boulos, até o momento, tem sido a de se apresentar como uma alternativa tanto ao conservadorismo quanto ao que ele chama de “velha política” representada por Nunes.

Com os dias finais da campanha se aproximando, os três principais candidatos intensificam suas estratégias para garantir uma vaga no segundo turno.

A disputa pela Prefeitura de São Paulo, uma das mais importantes do país, se mostra cada vez mais acirrada, e o apoio de figuras bolsonaristas a Marçal adiciona uma nova camada de complexidade ao cenário eleitoral.

A definição sobre quem avançará para o segundo turno dependerá da capacidade dos candidatos de mobilizar suas bases eleitorais e de atrair novos eleitores indecisos.

A fragmentação do apoio bolsonarista entre Marçal e Nunes cria um cenário de incerteza, enquanto Boulos busca consolidar sua posição de crescimento nas pesquisas. Com o resultado ainda imprevisível, a eleição em São Paulo segue como uma das mais observadas e disputadas do país.

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