Greve de estivadores paralisa portos nos EUA e desafia a Casa Branca

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Estivadores da costa Leste e do Golfo dos EUA, representados pela Associação Internacional de Estivadores (ILA), entraram em greve nesta terça-feira, 1, marcando a primeira paralisação significativa do setor em quase 50 anos.

A ação interrompe o fluxo de cerca de metade do transporte marítimo do país, afetando o envio de produtos que vão desde alimentos até automóveis em portos do Maine ao Texas.

As negociações entre a ILA e o grupo de empregadores, Aliança Marítima dos Estados Unidos (USMX), falharam na segunda-feira (30), levando a uma rejeição da proposta final dos empregadores por não atender a demandas cruciais do sindicato, que incluem melhores salários e proteções contra automação.

Harold Daggett, líder da ILA, declarou que o sindicato está disposto a manter a greve pelo tempo necessário para garantir condições justas para os seus 45.000 membros.

Esta paralisação, a primeira desde 1977, já está causando impacto econômico significativo, com analistas alertando sobre custos bilionários diários, potenciais aumentos no desemprego e pressões inflacionárias.

Nos portos de Nova York e Nova Jersey, quase 100.000 contêineres aguardam descarga, e 35 navios porta-contêineres são esperados na próxima semana, conforme informou Rick Cotton, diretor-executivo da Autoridade Portuária.

O presidente Joe Biden enfrenta um dilema político devido à greve. Conhecido por seu apoio aos sindicatos, ele se encontra em uma posição delicada enquanto a vice-presidente Kamala Harris está envolvida em uma campanha eleitoral contra o ex-presidente Donald Trump.

A Casa Branca, através do chefe de gabinete Jeff Zients e da conselheira econômica Lael Brainard, instou a USMX a resolver a disputa rapidamente e de forma justa, mas descartou a intervenção federal para cessar a greve.

Com informações da Reuters

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