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Bomba! Ex-servidor lidera quadrilha e desvia milhões da Lei de Incentivo ao Esporte

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) lançaram, nesta segunda-feira (30), a Operação Fair Play com o intuito de desmantelar uma organização criminosa responsável por desviar recursos da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE). Foram expedidos 13 mandados de busca e apreensão pela 1ª Vara Criminal da Justiça Federal em Belo Horizonte, […]

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Esquema comandado por ex-servidor do Ministério do Esporte desviou milhões através de fraudes em projetos esportivos / Reprodução

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) lançaram, nesta segunda-feira (30), a Operação Fair Play com o intuito de desmantelar uma organização criminosa responsável por desviar recursos da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE).

Foram expedidos 13 mandados de busca e apreensão pela 1ª Vara Criminal da Justiça Federal em Belo Horizonte, os quais estão sendo cumpridos em empresas e residências localizadas tanto em Belo Horizonte quanto em São Paulo.

A Justiça bloqueou aproximadamente R$ 180 milhões em ativos financeiros vinculados aos suspeitos, além de proibir as entidades investigadas de receberem autorizações para executar projetos esportivos.

Os suspeitos poderão ser indiciados por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro / Marcelo Camargo / Agência Brasil

De acordo com os investigadores, o esquema era liderado por um ex-servidor do Ministério do Esporte, que foi exonerado. Ele teria facilitado o uso indevido de verbas provenientes de renúncia fiscal federal.

A PF está analisando documentos e informações relativas a projetos realizados entre 2019 e 2022, envolvendo cinco entidades sem fins lucrativos, quatro delas sediadas em Belo Horizonte e uma em São Paulo.

“Entre 2019 e 2023, essas associações obtiveram autorização para captar mais de R$ 190 milhões junto a empresas e pessoas físicas, utilizando a Lei de Incentivo ao Esporte”, informou a PF.

A investigação revelou que algumas associações e empresas com sócios em comum foram criadas para desviar os recursos, violando o limite de projetos que uma mesma associação pode apresentar.

Também foram identificados direcionamentos de contratos para prestadores de serviços e fornecedores ligados aos dirigentes das entidades investigadas, além da criação de empresas em nome de funcionários e sócios para emitir notas fiscais falsas, simulando despesas com os valores captados via LIE.

“Dessa forma, o grupo se apropriava indevidamente de parte dos recursos por meio dessas empresas ligadas ou de intermediários. Além disso, movimentações financeiras suspeitas indicam a prática de lavagem de dinheiro”, explicou a PF.

Os suspeitos poderão ser indiciados por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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