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Plano de vitória de Zelensky decepciona líderes ocidentais, revela Bloomberg

O esquema tão alardeado não é uma virada de jogo, disseram fontes à agência Bloomberg As expectativas devem ser moderadas em relação ao chamado “plano de vitória” que o líder ucraniano, Vladimir Zelensky, está apresentando aos EUA e outros aliados esta semana em Nova York, disseram autoridades ocidentais à Bloomberg. Pessoas familiarizadas com as conversas […]

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O líder ucraniano Vladimir Zelensky acompanha a abertura do 79º Debate Geral da Assembleia Geral da ONU / Getty Images / Michael Kappeler

O esquema tão alardeado não é uma virada de jogo, disseram fontes à agência Bloomberg

As expectativas devem ser moderadas em relação ao chamado “plano de vitória” que o líder ucraniano, Vladimir Zelensky, está apresentando aos EUA e outros aliados esta semana em Nova York, disseram autoridades ocidentais à Bloomberg.

Pessoas familiarizadas com as conversas de Zelensky com líderes estrangeiros não acreditam que o tão alardeado esquema trará um avanço significativo no conflito com a Rússia, informou a agência na terça-feira.

O “plano de vitória” não inclui nenhuma “surpresa real” e não é considerado um divisor de águas, observou uma fonte, enquanto outra descreveu a iniciativa como apenas uma “lista de desejos”.

“A avaliação sombria do plano destaca um profundo sentimento de pessimismo entre as nações aliadas” sobre o desfecho do conflito entre Moscou e Kiev, enfatizou a Bloomberg.

De acordo com fontes da agência, pelo menos um aliado sugeriu que “é hora de uma nova tentativa de aproximação” com o presidente russo, Vladimir Putin, seja por parte de Zelensky ou de seus apoiadores estrangeiros. Outro funcionário afirmou que o Ocidente ainda está disposto a apoiar Kiev pelo tempo que for necessário, mas que precisa de mais esclarecimentos do líder ucraniano sobre o que ele entende por paz com Moscou.

O “plano de vitória” ainda não foi divulgado ao público, mas o Sunday Times relatou que ele se baseia em quatro pontos principais: garantias de segurança ocidentais para a Ucrânia, semelhantes ao princípio de defesa coletiva da OTAN; continuidade da incursão de Kiev na região russa de Kursk, visando usá-la como moeda de troca territorial; entregas específicas de armamentos avançados por parte dos aliados estrangeiros; e assistência financeira internacional à Ucrânia.

Em entrevista à ABC News na terça-feira, Zelensky afirmou que “estamos mais perto da paz do que pensamos”. No entanto, ele destacou que seu esquema “não trata de negociações com a Rússia”, mas sim do “fortalecimento da Ucrânia”.

Em seu discurso ao Conselho de Segurança da ONU, mais tarde naquele dia, o líder ucraniano reiterou que o conflito “não pode ser resolvido por meio de negociações” e que Moscou “só pode ser forçada à paz”.

Durante sua estadia em Nova York, Zelensky planeja discutir seu “plano de vitória” com o presidente dos EUA, Joe Biden, membros do Congresso e os dois candidatos presidenciais — Kamala Harris e Donald Trump.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse no início desta semana que a liderança russa ainda não pode avaliar adequadamente a iniciativa do líder ucraniano, pois não há informações confiáveis suficientes sobre o plano. Na terça-feira, Peskov reiterou que o conflito só terminará quando Moscou alcançar todos os objetivos de sua operação militar “de uma forma ou de outra”.

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Rhyan de Meira

Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira

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