Apesar das diferenças numéricas entre as pesquisas, Ricardo Nunes mantém a tendência de liderança, seguido de perto por Guilherme Boulos, enquanto Pablo Marçal enfrenta alta rejeição que limita suas chances de crescimento.
As pesquisas eleitorais mais recentes para a prefeitura de São Paulo, realizadas por diferentes institutos, apresentam variações nos números absolutos, mas revelam as mesmas tendências gerais. Embora haja diferenças sobre quem lidera no primeiro turno, o desempenho de Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) segue um padrão claro: Nunes se destaca na maioria das pesquisas, Boulos alterna entre a primeira e a segunda colocação, e Marçal enfrenta uma rejeição elevada que prejudica seu crescimento.
Ricardo Nunes mantém liderança na maioria das pesquisas
Ricardo Nunes, atual prefeito e candidato à reeleição, lidera em dois dos três levantamentos analisados. Mesmo na pesquisa em que não aparece em primeiro, Nunes fica logo atrás de Guilherme Boulos, o que evidencia sua tendência de liderança. Em todas as pesquisas, Nunes figura com intenção de voto superior a 20%, o que demonstra sua estabilidade e uma base eleitoral consolidada.
Essa consistência de Nunes se reflete, principalmente, nas simulações de segundo turno, onde ele se sai melhor em todos os cenários. Ele vence tanto Guilherme Boulos quanto Pablo Marçal, com margens expressivas, o que reforça sua posição de favorito, não apenas para liderar no primeiro turno, mas também para conquistar a vitória no segundo.
Guilherme Boulos oscila entre a liderança e o segundo lugar
Guilherme Boulos, do PSOL, alterna entre a primeira e a segunda posição nas pesquisas. Em um dos levantamentos, ele lidera com uma pequena vantagem sobre Nunes, enquanto nos demais aparece em segundo lugar, sempre com percentuais próximos de 25% a 28%. Essa proximidade numérica entre Boulos e Nunes aponta para uma disputa acirrada, mas com uma leve vantagem para o atual prefeito em dois dos três levantamentos.
Embora Boulos tenha uma base de apoio firme, ele enfrenta rejeição significativa, variando entre 37% e 38%, o que pode limitar seu crescimento, principalmente nas simulações de segundo turno. Em todas elas, Boulos é derrotado por Nunes com margens de aproximadamente 15 pontos percentuais, evidenciando que, apesar de sua competitividade no primeiro turno, seu caminho no segundo é mais desafiador.
Pablo Marçal: estável em terceiro, mas com alta rejeição
Pablo Marçal, candidato do PRTB, aparece de forma consistente em terceiro lugar nas três pesquisas. No entanto, sua alta rejeição, que varia entre 47% e 48%, é o ponto mais marcante de sua candidatura. Esse índice de rejeição, superior ao de qualquer outro candidato, compromete suas chances de crescer e atrair novos eleitores.
Apesar de sua estabilidade em torno de 20% das intenções de voto, a alta rejeição limita as possibilidades de Marçal se tornar competitivo em um eventual segundo turno. Nas simulações de segundo turno, ele perde para Ricardo Nunes por uma ampla margem, o que confirma sua dificuldade de ampliar sua base eleitoral.
Simulações de segundo turno: vantagem consistente de Ricardo Nunes
Independentemente das variações no primeiro turno, as simulações de segundo turno mostram um cenário estável de liderança para Ricardo Nunes. Contra Guilherme Boulos, Nunes vence com uma diferença de aproximadamente 15 pontos percentuais, enquanto contra Pablo Marçal a vantagem é ainda maior, superando 35 pontos percentuais.
Esses resultados mostram que, mesmo quando Boulos lidera no primeiro turno em uma das pesquisas, Nunes se sai melhor nas disputas de segundo turno, evidenciando maior capacidade de atrair o eleitorado indeciso e de converter apoio no segundo momento da eleição.
Conclusão: mesmas tendências, apesar das variações nos números
As três pesquisas analisadas apontam para as mesmas tendências gerais, apesar das variações numéricas. Ricardo Nunes lidera em dois levantamentos e mantém tendência de liderança em todos, mesmo naqueles em que não está em primeiro lugar. Guilherme Boulos alterna entre a primeira e a segunda colocação, sempre muito próximo de Nunes, o que demonstra um cenário acirrado, mas com vantagem para o atual prefeito. Pablo Marçal, por outro lado, enfrenta o maior desafio, com rejeição elevada e poucas chances de crescer, mesmo se mantendo estável em terceiro lugar.
Essas convergências indicam que o cenário eleitoral em São Paulo é relativamente estável, com Nunes como o candidato mais competitivo, tanto no primeiro turno quanto no segundo, e uma disputa acirrada com Boulos, enquanto Marçal luta para superar os altos índices de rejeição.