China cria campo magnético 800 mil vezes maior que o da Terra

No domingo, 22, cientistas chineses produziram um campo magnético constante de 42,02 teslas utilizando um ímã resistivo desenvolvido no país, superando o recorde mundial anterior de 2017, que pertencia aos Estados Unidos.

O marco foi alcançado pelo Laboratório de Alto Campo Magnético dos Institutos de Ciências Físicas de Hefei da Academia Chinesa de Ciências (CHMFL).

O campo magnético elevado é uma ferramenta essencial para a pesquisa científica, permitindo manipular as propriedades da matéria e descobrir novos fenômenos.

Segundo os especialistas, ele também pode viabilizar novas tecnologias em áreas como metalurgia eletromagnética, síntese química e ressonância magnética nuclear, com aplicações médicas.

Kuang Guangli, diretor acadêmico da CHMFL, afirmou que o avanço atende às necessidades de campos magnéticos estáveis e controláveis, essenciais para a pesquisa científica.

Ele destacou a importância dessa conquista na construção de ímãs de campo superior no país.

Atualmente, existem cinco grandes laboratórios de campos magnéticos constantes no mundo, localizados nos Estados Unidos, França, Países Baixos, Japão e China.

Existem 5 grandes laboratórios de campos magnéticos constantes no mundo, localizados nos Estados Unidos, em França, nos Países Baixos, no Japão e na China“, disse.

Em 2022, cientistas chineses já haviam produzido um campo magnético estável de 45,22 teslas utilizando um ímã híbrido.

Os ímãs resistivos, supercondutores e híbridos possuem diferentes vantagens. Os resistivos, por exemplo, permitem controle rápido e flexível, oferecendo condições confiáveis para a pesquisa.

Kuang comparou o recente avanço com uma competição esportiva, destacando que, após vencer em 2022 com ímãs híbridos, a equipe agora conquistou o “campeonato” com ímãs resistivos.

A instalação de Hefei tem sido usada em pesquisas que descobriram mecanismos moleculares da aprendizagem e memória, além de contribuir para o desenvolvimento de medicamentos contra o câncer e outras doenças.

A equipe planeja criar novos ímãs estáveis para apoiar pesquisas em eletrônicos, supercondutividade e materiais semicondutores de alta performance.

Com informações do English News

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