Nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) receberá o depoimento de Giniton Lages, primeiro policial a investigar o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Lages, que também coordenou a prisão dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, confessos assassinos, foi convocado como testemunha em defesa de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil e apontado pela Polícia Federal como mentor intelectual do crime.
O depoimento busca esclarecer a demora de sete meses para iniciar as investigações sobre Lessa, apesar das recomendações do então secretário de Polícia Civil, Marcus Amim, para que a participação do ex-PM fosse averiguada. Além de Barbosa, Giniton Lages figura como testemunha nas defesas de Domingos e Chiquinho Brazão, respectivamente conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) e deputado federal.
Ambos os Brazão e o comissário Marco Antonio de Barros Pinto, conhecido como Marquinho, foram indiciados pela Polícia Federal por obstrução à investigação. No entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) não os denunciou, e a Justiça optou por reduzir seus salários.
Durante as investigações lideradas pelo delegado da Polícia Federal Guilhermo Catramby, ficou evidenciado que as perguntas dirigidas aos réus eram similares para todos os depoentes e que as quebras telemáticas dos dispositivos de Domingos e seus parentes não trouxeram provas contra eles.
As expectativas são altas para que o depoimento de Giniton Lages contribua com novas informações e possivelmente esclareça as razões dos atrasos e métodos na investigação do caso.
Com informações do Globo
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