Volta do horário de verão: descubra quando Lula deve anunciar a decisão

Presidente deve decidir sobre o retorno do horário de verão após o segundo turno das eleições municipais, marcado para 27 de outubro, com previsão de implementação em novembro, caso a medida seja aprovada / Reprodução / Agência Brasil

Integrantes do governo que atuam no Palácio do Planalto consideram que os dados técnicos disponíveis até o momento não indicam a necessidade imediata de retorno do horário de verão. No entanto, a decisão final caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá se pronunciar sobre o assunto após o segundo turno das eleições municipais, marcado para 27 de outubro.

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Segundo informações do Globo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem a intenção de sugerir ao presidente a retomada do horário de verão. Caso Lula aceite a proposta, o novo horário poderá começar a vigorar a partir de novembro.

A justificativa para a reintrodução do horário de verão seria combater os efeitos da seca que vem se alastrando pelo país e pressionando o sistema de geração de energia elétrica. A medida, entretanto, gerou preocupações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o impacto nas eleições, especialmente no que diz respeito à logística e ao horário de votação em diferentes regiões.

A presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, procurou os ministros Ricardo Lewandowski, da Justiça, e José Múcio, da Defesa, para discutir os possíveis impactos da mudança no horário eleitoral. O receio é que o adiamento do relógio em uma hora possa afetar o horário de votação em estados como o Acre e algumas regiões do Nordeste, gerando dificuldades logísticas e possivelmente aumentando a abstenção eleitoral.

Lewandowski consultou o presidente Lula, que confirmou que o horário de verão, se adotado, deverá entrar em vigor apenas após as eleições.

Na semana passada, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou a adoção do horário de verão durante uma reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). A justificativa é que a medida ajudaria a aliviar o sistema em momentos de pico de consumo, como entre 14h e 16h.

Apesar do endosso do CMSE à recomendação do ONS, a decisão ainda não foi tomada. Segundo técnicos, a economia gerada durante o período do horário de verão pode chegar a R$ 400 milhões, representando uma redução de 2,5 GW na demanda de geração de energia.

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