Com eleições se aproximando, candidatos enfrentam disputas acirradas em áreas decisivas como a Zona Leste, onde Pablo Marçal segue com preferência entre eleitores mais jovens.
Com a reta final das eleições municipais em São Paulo, as campanhas estão intensificando seus esforços em regiões estratégicas, especialmente na Zona Leste e no centro expandido da cidade. Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito e candidato à reeleição, e Pablo Marçal (Pros), que vem crescendo nas pesquisas, estão de olho em um eleitorado que pode definir o resultado no segundo turno.
Na Zona Leste, que concentra cerca de três milhões de eleitores, Nunes lidera com 32% das intenções de voto, de acordo com os dados mais recentes do Datafolha. No entanto, Marçal aparece logo atrás com 26%, uma diferença que está dentro da margem de erro de seis pontos percentuais. Isso acendeu um sinal de alerta na equipe de Nunes, que vê a necessidade de conter o avanço de Marçal, especialmente entre os eleitores mais jovens.
A equipe de campanha de Nunes identificou que Marçal, apesar de ter pouco tempo de TV e uma campanha de rua menos robusta, conseguiu se conectar com o público mais jovem através de vídeos virais, que circulam principalmente nas redes sociais. Regiões periféricas como Lajeado e Ponte Rasa têm sido palco desse crescimento, onde o discurso de Marçal sobre questões ligadas à precariedade urbana ressoou com eleitores frustrados com a falta de oportunidades.
“Marçal está conquistando terreno em áreas que, até então, não eram foco de sua campanha, como a Zona Leste. Isso é um movimento que preocupa, porque o candidato está sem estrutura de campanha tradicional, mas consegue engajamento por meio das redes,” afirmou uma fonte ligada à equipe de Nunes.
Além da Zona Leste, o centro expandido também é uma área de interesse. Com alta concentração de eleitores de renda mais elevada, essa região foi um dos principais redutos de Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições de 2020. No entanto, agora a disputa está mais acirrada, com Nunes tentando manter a vantagem em um cenário onde a margem para erro é mínima.
Em meio a essas dinâmicas, a campanha de Nunes ajusta suas estratégias para tentar frear o avanço de Marçal e consolidar o apoio de eleitores indecisos. Faltando pouco mais de duas semanas para as eleições, o desafio é grande: garantir votos suficientes para avançar ao segundo turno, onde a disputa tende a ser ainda mais apertada.
No entanto, a situação de Marçal é vista como um fenômeno curioso. Mesmo sem a estrutura de seus principais adversários, ele se apoia na força das redes sociais e no apoio orgânico de eleitores insatisfeitos, o que pode torná-lo um adversário imprevisível no segundo turno.
Com as campanhas de rua se intensificando e os programas de TV buscando mobilizar o eleitorado, as próximas semanas serão decisivas para definir quem terá vantagem em uma eleição cada vez mais polarizada. A Zona Leste e o centro expandido, como sempre, serão decisivos nessa corrida para o segundo turno.
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