Uma nova pesquisa da NASA, em colaboração com universidades europeias, indica que a agricultura em Marte pode ser viável, embora apresente desafios significativos.
O estudo destaca a importância de desenvolver métodos de cultivo de alimentos no solo marciano, conhecido como rególito, para sustentar futuras colônias humanas no Planeta Vermelho.
O rególito marciano apresenta limitações como baixa fertilidade e presença de percloratos tóxicos, que são prejudiciais tanto para plantas quanto para humanos.
Contudo, o estudo aponta que melhorias no solo e técnicas de cultivo adaptadas, como a intercultura — que envolve o plantio simultâneo de diversas espécies de plantas —, podem aumentar a eficiência na produção de alimentos.
Resultados experimentais mostraram que a intercultura beneficia o crescimento de tomates em solo marciano simulado, permitindo uma melhor utilização de nutrientes escassos, enquanto o crescimento de ervilhas e cenouras foi limitado pela ausência de nodulação das raízes.
Isso destaca a necessidade de otimizar as condições do solo para facilitar processos biológicos como a fixação de nitrogênio.
O estudo sugere que a adição de matéria orgânica e a seleção de camadas de solo menos compactadas e com menor salinidade podem ser estratégias eficazes para melhorar as condições de cultivo em Marte.
A pesquisa conclui que, com as técnicas apropriadas e melhorias contínuas no solo, a agricultura marciana pode se tornar uma realidade, reduzindo a dependência de suprimentos terrestres e apoiando a sustentabilidade de longo prazo das colônias humanas no espaço.
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