Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram pela décima vez consecutiva a projeção para a inflação de 2024, passando de 4,35% para 4,37%, conforme divulgado no Boletim Focus desta segunda-feira (23).
Para os anos de 2025 e 2026, as previsões do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também subiram, ficando em 3,97% e 3,62%, respectivamente, enquanto para 2027, a expectativa permanece em 3,50%.
Em relação à taxa Selic, a previsão para o final de 2024 foi ajustada para cima, agora em 11,50%. As projeções para 2025, 2026 e 2027 se mantiveram inalteradas, com taxas esperadas de 10,50%, 9,50% e 9%, respectivamente.
O Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 agora é estimado em 3%, frente aos 2,96% projetados anteriormente. Para 2025, 2026 e 2027, o crescimento previsto continua estável em 1,90%, 2% e 2%.
Por fim, as previsões para o dólar não sofreram mudanças, permanecendo em R$ 5,40 para 2024, R$ 5,35 para 2025, e R$ 5,30 para 2026 e 2027.
Relatório Focus desta segunda-feira (23)
- Inflação:
- 2024: de 4,35% para 4,37%
- 2025: de 3,95% para 3,97%
- 2026: de 3,61% para 3,62%
- 2027: permanece em 3,50%
- PIB:
- 2024: de 2,96% para 3,00%
- 2025: permanece em 1,90%
- 2026: permanece em 2%
- 2027: permanece em 2%
- Selic:
- 2024: de 11,25% para 11,50%
- 2025: permanece em 10,50%
- 2026: permanece em 9,50%
- 2027: permanece em 9%
- Dólar:
- 2024: permanece em R$ 5,40
- 2025: permanece em R$ 5,35
- 2026: permanece em R$ 5,30
- 2027: permanece em R$ 5,30
Mercado financeiro e Ibovespa
Em uma semana marcada por decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, o Ibovespa (IBOV) fechou a última sexta-feira (20) com 131.065,44 pontos, acumulando uma queda de 2,84% na semana. A baixa foi influenciada pela cautela local em relação à manutenção dos juros elevados por mais tempo.
Nesta segunda-feira, os mercados futuros em Wall Street e as bolsas europeias operam entre ganhos e perdas, enquanto as bolsas asiáticas fecharam de forma mista.
Cotações do mercado nesta manhã
- Bolsas asiáticas:
- Hong Kong/Hang Seng: -0,06%
- China/Xangai: +0,44%
- Bolsas europeias (abertas):
- Londres/FTSE100: -0,14%
- Frankfurt/DAX: -0,24%
- Paris/CAC 40: +0,53%
- Wall Street (futuro):
- S&P 500: +0,09%
- Dow Jones: +0,02%
- Nasdaq: +0,15%
- Commodities:
- Petróleo/WTI: +0,49%, a US$ 71,35 por barril
- Petróleo/Brent: +0,40%, a US$ 71,35 por barril
- Criptomoedas:
- Bitcoin (BTC): +1,19%, a US$ 63.602,00
- Ethereum (ETH): +2,48%, a US$ 2.645,34
Joaquim Novaes
23/09/2024 - 22h06
Taxa Selic tem que ser menor que a inflação, então deveria ser 2,5% ao ano.
No máximo. Para desincentivar o rentismo, o *viver de juros* da elite brasileira.
Viver de juros com o pobre pagando.
Taxa Selic acima da inflação é assaltar cofres públicos.
Galinzé
23/09/2024 - 09h53
Uma tragedia perene.