Em um torneio realizado há 42 anos, taxistas de São Paulo alcançaram uma média de consumo de 18,32 km/l com veículos a etanol, segundo um anúncio de 1982 da Volkswagen.
A competição, denominada “Torneio de Economia VW Gol a Álcool”, envolveu 520 participantes em um percurso de 37,2 km, majoritariamente em vias urbanas.
Renato Romio, engenheiro do Instituto Mauá de Tecnologia, mencionou em reportagem do UOL Carros que os avanços tecnológicos e as regulamentações de emissões de poluentes têm impacto direto no consumo atual de etanol.
Atualmente, veículos movidos a etanol consomem cerca de 30% mais do que os movidos a gasolina, uma diferença significativa em relação aos 15% estimados no passado.
Romio explica que, na década de 1980, os motores a etanol eram ajustados para uma mistura mais pobre, o que permitia um consumo proporcionalmente menor de etanol. Esta eficiência permitia que o etanol atingisse 85% da eficiência energética da gasolina, enquanto hoje essa eficiência é de cerca de 70%.
As mudanças regulatórias, como a introdução do Proconve e a adoção de catalisadores, impactaram negativamente o desempenho do etanol.
Segundo o engenheiro, isso se deve às características físico-químicas do etanol que, ao queimar mais rapidamente devido à presença de oxigênio em sua composição, exigia ajustes específicos nos motores dos veículos de décadas anteriores.