O deputado federal Glauber Braga foi detido pela Polícia Militar do Rio de Janeiro em uma operação na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) nesta sexta-feira, 20.
Braga tentou impedir a entrada da tropa de choque no campus, que tinha como objetivo dispersar uma ocupação estudantil contrária aos cortes de benefícios universitários.
Durante o confronto, a polícia utilizou spray de pimenta contra o parlamentar e os manifestantes presentes. A deputada Sâmia Bonfim, esposa de Glauber, informou que ele estava bem, apesar da irritação nos olhos, e criticou a detenção, classificando-a como “inconstitucional”.
O partido PSOL, ao qual Glauber Braga é filiado, emitiu uma nota denunciando o uso de “bombas, caveirão e armas menos letais” pela polícia e afirmou que o deputado estava na universidade para “proteção e defesa” dos estudantes.
A operação policial foi autorizada pela Justiça, que na mesma sexta-feira concedeu permissão para o uso da força na remoção dos estudantes que ocupavam o Pavilhão João Lyra Filho, o principal prédio do campus Maracanã.
Junto com Braga, outros três estudantes foram detidos. O deputado criticou a ação de reintegração de posse em uma nota, descrevendo-a como “absurda”. “Assim funciona o autoritarismo e a truculência de Cláudio Castro e da reitoria da UERJ. Lutar não é crime! Abaixo o autoritarismo e a repressão!”, declarou o parlamentar.