Mercado avalia que Selic vai ficar acima de 11% na gestão de Galípolo

AGÊNCIA SENADO

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic de 10,5% para 10,75% ao ano nesta quarta-feira, marcando a primeira alta de juros durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Economistas ouvidos pela Folha preveem que a taxa básica de juros ultrapasse 11% em 2025, mantendo-se elevada por alguns meses.

A decisão do Copom alinhou-se às expectativas do mercado.

Segundo Silvio Campos, economista-sênior da consultoria Tendências, “O Banco Central deixou claro que a magnitude total do ciclo de alta vai depender da evolução de indicadores e expectativas. Vai precisar de mais Selic para fazer a inflação chegar à meta de 3%.”

A consultoria Tendências estima que a Selic atinja 11,75% até o final deste ano e 12% até janeiro do próximo ano, retornando a 10,5% no final de 2025.

Paralelamente, o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, reduziu sua taxa de juros em 0,50 ponto percentual, estabelecendo-a entre 4,75% e 5,0%.

Esta é a primeira diminuição desde 2020, sinalizando o início de um possível ciclo de relaxamento da política monetária. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou que apesar do atraso na decisão do Fed, espera-se que inicie uma trajetória duradoura de cortes.

O Bank of America descreveu a ação do Fed como “hawkish”, interpretando-a mais como um ajuste da política monetária do que o começo de um ciclo agressivo de reduções. A instituição prevê que o Fed possa reduzir as taxas em até mais 0,75 ponto percentual no quarto trimestre deste ano e 1,25 ponto percentual em 2025.

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