O crescimento de 1,4% do PIB brasileiro no segundo trimestre de 2024, divulgado recentemente, superou as expectativas econômicas, mesmo após o desastre climático que afetou o Rio Grande do Sul em maio.
As fortes chuvas atingiram mais de 470 municípios, vitimando 183 pessoas e deixando mais de 600 mil desabrigados. A destruição gerada pelas enchentes prometia impactos negativos na economia nacional, mas a resposta dos bancos públicos foi decisiva para evitar um colapso econômico.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os bancos públicos desempenharam um papel anticíclico fundamental, oferecendo linhas de crédito acessíveis para a recuperação de empresas e famílias.
Alisson Droppa, membro da equipe que conduziu o estudo, afirmou que os bancos públicos, diferentemente dos privados, concederam crédito sem exigir garantias tradicionais, priorizando a recuperação econômica e social das áreas afetadas.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi uma das instituições mais atuantes, disponibilizando R$ 12,8 bilhões em crédito para empresas gaúchas afetadas, com foco em pequenas e médias empresas.
O programa BNDES Emergencial, lançado em julho, atingiu a marca de R$ 6,8 bilhões em capital de giro para 2.905 operações em apenas dois meses.
Além do financiamento para a compra de equipamentos e a reconstrução de fábricas, o BNDES suspendeu o pagamento de parcelas e juros por até 12 meses para empresas em áreas afetadas.
O ex-ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, destacou que as ações do banco já estão refletidas nos números positivos da economia.
Com essa resposta rápida, os bancos públicos ajudaram a mitigar os efeitos econômicos da tragédia, permitindo a recuperação do estado e impulsionando o crescimento nacional.
Com informações do Brasil 247
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