A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para este ano foi revisada para cima, de 2,68% para 2,96%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central.
A revisão segue a surpresa positiva do PIB no segundo trimestre, que registrou alta de 1,4% em relação ao trimestre anterior e 3,3% em comparação ao mesmo período do ano passado, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Para os próximos anos, as projeções permanecem estáveis com o PIB esperado para crescer 1,9% em 2025 e 2% em 2026 e 2027. A previsão para a cotação do dólar ao fim de 2024 é de R$ 5,40, reduzindo-se ligeiramente para R$ 5,35 em 2025.
Em relação à inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve sua previsão ajustada de 4,3% para 4,35% para 2024, ainda dentro do limite superior da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A taxa básica de juros, Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em 10,5% ao ano, pode ver um novo aumento na próxima reunião, com expectativa do mercado de atingir 10,75% ao ano e fechar 2024 em 11,25%. As projeções para 2025 e anos subsequentes indicam uma tendência de redução, alcançando 9% ao ano em 2027.
O Copom utiliza a taxa Selic como principal ferramenta para controlar a inflação, influenciando o custo do crédito e a atividade econômica. A próxima reunião do Copom está agendada para os dias 17 e 18 de setembro.