Biden e Otan declaram guerra à Rússia

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o presidente dos EUA Joe Biden compartilham um momento privado / Imagem: X (antigo Twitter) / CNN

O líder ucraniano Zelensky vai a Washington para discutir alvos de ataques com mísseis dentro da Rússia, uma escalada que pode desencadear a Terceira Guerra Mundial.

As tensões entre Washington, a OTAN e a Rússia estão aumentando, com preocupações crescentes de que os Estados Unidos e seus aliados da OTAN estejam caminhando para um conflito direto com Moscou. A visita do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a Washington, marcada para esta semana, é vista como um ponto de virada perigoso, já que as conversas devem incluir ataques mais profundos em território russo.

De acordo com fontes, Zelensky deve apresentar propostas para intensificar a ofensiva contra a Rússia, e há temores de que a OTAN possa se envolver mais diretamente no conflito. O FBI e o Pentágono já levantaram preocupações sobre os riscos de tal ação, e muitos especialistas alertam para uma possível escalada que pode levar a uma Terceira Guerra Mundial.

Vladimir Putin alerta aos líderes da OTAN que uma medida para suspender as restrições ao uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia seria considerada um ato de guerra

O presidente russo, Vladimir Putin, deixou claro que qualquer ataque com mísseis de longo alcance em território russo, mesmo que lançado da Ucrânia, será considerado um ato direto de agressão da OTAN. O uso de satélites americanos para fornecer dados de mira a esses ataques coloca os EUA e seus aliados em uma posição delicada.

A vice-presidente Kamala Harris e o presidente Joe Biden estão sendo responsabilizados por críticos, que os acusam de apoiar uma escalada em vez de buscar uma solução diplomática. A administração Biden tem enfrentado críticas crescentes por não ter evitado o envolvimento direto dos EUA no conflito.

Os temores de uma retaliação russa aumentam, com especulações sobre possíveis ataques nucleares, cibernéticos ou mesmo o uso de armas táticas. Há ainda rumores de que Moscou poderia fornecer armas nucleares a aliados como Irã ou Síria.

As infraestruturas críticas da Ucrânia, como eletricidade e combustível, estão severamente comprometidas, com relatórios indicando que até 70% do sistema de energia do país já foi degradado. Zelensky, ciente da deterioração, busca apoio da OTAN para evitar um colapso completo antes do inverno.

Enquanto isso, os EUA, liderados por Biden, continuam a aumentar as apostas, sem sinal de diálogo direto com a Rússia. Analistas de segurança acreditam que as chances de um conflito nuclear estão mais altas do que nunca.

O Reino Unido, por outro lado, continua alinhado com os EUA, embora seu papel na guerra seja questionado devido à falta de poder militar significativo. Mesmo com a deterioração de suas próprias capacidades de defesa, o Reino Unido segue a liderança de Washington na questão ucraniana.

Ao aumentar as tensões, Biden, o Conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan e o Secretário de Estado Antony Blinken estão apostando alto, com a perspectiva de uma guerra de grandes proporções à espreita. A Rússia, embora inferior aos EUA em algumas áreas militares, possui um vasto arsenal nuclear e não faz distinção clara entre armas nucleares táticas e estratégicas.

Se um conflito nuclear direto ocorrer, os EUA têm poucas defesas eficazes contra um ataque em larga escala, e a Rússia possui a capacidade de lançar mísseis balísticos intercontinentais contra alvos americanos.

A única esperança, segundo alguns especialistas, é que os líderes atuais dos EUA sejam persuadidos a reconsiderar sua abordagem antes que as consequências sejam irreversíveis. Se o conflito escalar para uma guerra nuclear, os responsáveis enfrentarão um legado de destruição sem precedentes.

Por Stephen Bryen, correspondente sênior do Asia Times e ex-diretor do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA.

Redação:
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.