Uma investigação revelou um esquema de coleta de dados pessoais envolvendo Alexandre de Moraes, ministro do STF.
A operação começou após a tentativa de suborno e ameaça de morte à delegada federal Denisse Ribeiro, responsável pela Operação Acrônimo, conforme reportagem do UOL.
Em 2016, durante investigações de fraude em campanhas eleitorais, a Polícia Federal suspeitou de irregularidades em pagamentos da construtora JHSF para um escritório de advocacia ligado a Moraes, embora o caso tenha sido arquivado posteriormente.
Recentemente, a PF identificou que os dados de um dos sócios da JHSF foram explorados ilegalmente, coincidindo com o envio de emails criptografados que tentavam subornar a delegada.
Esses emails faziam parte de um plano mais amplo, apelidado de “Projeto Exposed”, para intimidar agentes federais ligados a investigações de Moraes.
Allan dos Santos, blogueiro bolsonarista e foragido nos Estados Unidos desde 2020, é acusado de organizar a campanha de intimidação.
Ele prometeu uma recompensa de U$ 5 milhões por informações contra Moraes em março de 2024. Em resposta, a inteligência da PF intensificou o monitoramento e instaurou inquérito em 18 de março para investigar o caso.
Recentemente, um vídeo associando Moraes a fraudes em campanhas eleitorais foi analisado pela agência Lupa, revelando-se uma manipulação de um caso antigo.
As atividades ilícitas incluíram coação virtual, vazamentos de fotos pessoais e ameaças diretas a agentes federais e suas famílias.
A situação escalou até a suspensão da plataforma X no Brasil, como medida preventiva pelo ministro Moraes, baseado em um relatório detalhado da Polícia Federal sobre as ameaças.